recebi um presente sem estar à espera...
e isso tá muita bom...
gestos gratuitos, sinceros e espontâneos mudam o mundo...
obrigado
22 dezembro 2007
21 dezembro 2007
Bairro Negro
"olha o sol que vai nascendo
anda ver o mar
os meninos vão correndo
ver o sol chegar
menino sem condição
irmão de todos os nus
tira os olhos do chão
vem ver a luz
menino do mal trajar
um novo dia lá vem
só quem souber cantar
virá também
negro bairro negro
bairro negro
onde não há pão
não há sossego
menino pobre o teu lar
queira ou não queira o papão
há-de um dia cantar
esta canção
olha o sol que vai nascendo
anda ver o mar
os meninos vão correndo
ver o sol chegar
se até dá gosto cantar
se toda a terra sorri
quem não te há-de amar
menino a ti
se não é fúria a razão
se toda a gente quiser
um dia hás-de aprender
haja o que houver
negro bairro negro
bairro negro
onde não há pão
não há sossego
menino pobre o teu lar
queira ou não queira o papão
há-de um dia cantar
esta canção"
Zeca Afonso
anda ver o mar
os meninos vão correndo
ver o sol chegar
menino sem condição
irmão de todos os nus
tira os olhos do chão
vem ver a luz
menino do mal trajar
um novo dia lá vem
só quem souber cantar
virá também
negro bairro negro
bairro negro
onde não há pão
não há sossego
menino pobre o teu lar
queira ou não queira o papão
há-de um dia cantar
esta canção
olha o sol que vai nascendo
anda ver o mar
os meninos vão correndo
ver o sol chegar
se até dá gosto cantar
se toda a terra sorri
quem não te há-de amar
menino a ti
se não é fúria a razão
se toda a gente quiser
um dia hás-de aprender
haja o que houver
negro bairro negro
bairro negro
onde não há pão
não há sossego
menino pobre o teu lar
queira ou não queira o papão
há-de um dia cantar
esta canção"
Zeca Afonso
20 dezembro 2007
15 dezembro 2007
26 novembro 2007
21 novembro 2007
à vontade do freguês...
há dias como os outros
há dias assim, assim
há dias de começo
há dias que são de fim
há dias de choro e pranto
há dias de fugir
há dias que são um espanto
há dias de chorar a rir
há dias que sou gigante
há dias que não me atrevo
há dias que vão passando
há dias de relevo
há dias que tudo falta
há dias que ando cheio
há dias de maré alta
há dias, de dia e meio
há dias de voz alta
há dias que ando mudo
há dias que te vejo
e um beijo muda tudo
há dias de espera
há dias de vertigem
há dias que me falam
há dias que me dizem
há dias que não acabam
são como este poema
são dias de recreio
de tudo o que é problema
há dias para tudo
até para morrer
ou dizer "tá muita bom"
fechar os olhos e viver
há dias que são de ontem
e outros que me seguem
há dias de amanhã
e outros que me mentem
há dias em que estou
nesses dias eu respiro
há dias... isso é bom
é neles que estou vivo
há dias que são p'ra ti
e vamos juntos por aí
há dias de saudade
e nesses fico aqui
há dias que são de todos
há dias que são assim
há dias que me fecho
e esses são p'ra mim
há dias de intervalo
e agora chegou um...
há dias assim, assim
há dias de começo
há dias que são de fim
há dias de choro e pranto
há dias de fugir
há dias que são um espanto
há dias de chorar a rir
há dias que sou gigante
há dias que não me atrevo
há dias que vão passando
há dias de relevo
há dias que tudo falta
há dias que ando cheio
há dias de maré alta
há dias, de dia e meio
há dias de voz alta
há dias que ando mudo
há dias que te vejo
e um beijo muda tudo
há dias de espera
há dias de vertigem
há dias que me falam
há dias que me dizem
há dias que não acabam
são como este poema
são dias de recreio
de tudo o que é problema
há dias para tudo
até para morrer
ou dizer "tá muita bom"
fechar os olhos e viver
há dias que são de ontem
e outros que me seguem
há dias de amanhã
e outros que me mentem
há dias em que estou
nesses dias eu respiro
há dias... isso é bom
é neles que estou vivo
há dias que são p'ra ti
e vamos juntos por aí
há dias de saudade
e nesses fico aqui
há dias que são de todos
há dias que são assim
há dias que me fecho
e esses são p'ra mim
há dias de intervalo
e agora chegou um...
07 novembro 2007
eterna condição
nem no fim do mundo
na gruta escura mais profunda
ou no deserto mais imenso
desolado e seco, vago, eterno
nem aí me falta água
mas ando cheio de sede
barulho e gente à volta
e ando cheio de sede
diz o outro que já passa
ou aquele, que não faz mal
mas p'ra sede que me trespassa
não há ideia original
na gruta escura mais profunda
ou no deserto mais imenso
desolado e seco, vago, eterno
nem aí me falta água
mas ando cheio de sede
barulho e gente à volta
e ando cheio de sede
diz o outro que já passa
ou aquele, que não faz mal
mas p'ra sede que me trespassa
não há ideia original
porque a vida também cansa...
"goodbye
hasn't been so good to me
stepped out into the night
back against the moon
I saw ten thousand hands with candlelight
we all think that we're right
it's hard to tell
if the night is full of hope or doom
my eyes
burn with unshed tears
my body is weak
from so many silent years
too many people say goodbye
before they say hello
step into the morning
and disappear
what more than sorry can I say
what more than sorry can I be
before our love fades away
what more than sorry
do you want from me"
Ben Harper - More than sorry
hasn't been so good to me
stepped out into the night
back against the moon
I saw ten thousand hands with candlelight
we all think that we're right
it's hard to tell
if the night is full of hope or doom
my eyes
burn with unshed tears
my body is weak
from so many silent years
too many people say goodbye
before they say hello
step into the morning
and disappear
what more than sorry can I say
what more than sorry can I be
before our love fades away
what more than sorry
do you want from me"
Ben Harper - More than sorry
06 novembro 2007
sempre quase nunca tudo
sempre quase
nunca mesmo
foi por pouco
nunca tudo
logo abaixo
nunca certo
tudo esforço
nunca repleto
sempre quase
por pouco tudo
nunca mesmo
foi por pouco
nunca tudo
logo abaixo
nunca certo
tudo esforço
nunca repleto
sempre quase
por pouco tudo
25 outubro 2007
vou sendo
ainda não sou, vou aprendendo
e portanto, vou sonhando
ser talvez, um pouco mais
é capaz até, que seja
a minha maneira de ser
vou sendo com tudo o que falta
no mundo cheio de gente
aquilo que Deus quiser
sinto-me vivo ao ser assim
ou fraco, por não ter nada que ser
ou livre, por não ficar pela metade
de tudo o que Ele me dá para viver
ainda não sou, vou aprendendo
e sendo, vou tendo que fazer
é assim o movimento
que me leva no caminho
não me prende o pavimento
nem preciso de advinho
ora grande ou mais pequena
é a minha forma de ser
a que me levanta e anima
aquela que quero ter
começado na ilha de Chiloé, em Ancud a 04.09.07
acabado hoje
e portanto, vou sonhando
ser talvez, um pouco mais
é capaz até, que seja
a minha maneira de ser
vou sendo com tudo o que falta
no mundo cheio de gente
aquilo que Deus quiser
sinto-me vivo ao ser assim
ou fraco, por não ter nada que ser
ou livre, por não ficar pela metade
de tudo o que Ele me dá para viver
ainda não sou, vou aprendendo
e sendo, vou tendo que fazer
é assim o movimento
que me leva no caminho
não me prende o pavimento
nem preciso de advinho
ora grande ou mais pequena
é a minha forma de ser
a que me levanta e anima
aquela que quero ter
começado na ilha de Chiloé, em Ancud a 04.09.07
acabado hoje
22 outubro 2007
correrias
voltou o corre-corre
nada é eterno
tudo se move
voltou o corre-corre
cá dentro aperta
a ideia ninguém ouve
voltou o corre-corre
partiu o sereno
e eu, menos pleno
nada é eterno
tudo se move
voltou o corre-corre
cá dentro aperta
a ideia ninguém ouve
voltou o corre-corre
partiu o sereno
e eu, menos pleno
18 outubro 2007
desenleada
não sei quem és e quando chegas
o que me trazes não me dás
tão depressa estás como já eras
um efeito que a luz faz
quase a chegar, acabou de sair
a desenleada é como o vento
ninguém a tem, vai onde quer
sempre ao alcance, fugiu-me da mão
não sei quem és ou sequer se vens
ou se te espero ou vou embora
nem o que fazes ou se aí estás
ou fico aqui nesta demora
desenleada conhecida
estranha ideia desfocada
nunca te vi nesta corrida
a desenleada é como o vento
só mais uma chance, fugiu-me da mão
o que me trazes não me dás
tão depressa estás como já eras
um efeito que a luz faz
quase a chegar, acabou de sair
a desenleada é como o vento
ninguém a tem, vai onde quer
sempre ao alcance, fugiu-me da mão
não sei quem és ou sequer se vens
ou se te espero ou vou embora
nem o que fazes ou se aí estás
ou fico aqui nesta demora
desenleada conhecida
estranha ideia desfocada
nunca te vi nesta corrida
a desenleada é como o vento
só mais uma chance, fugiu-me da mão
refúgio
a vida não tem brincadeira
as coisas de ontem são rótulo hoje
e o tempo é desfasado
só lá fora estou nalgum lado
o meu jardim é espiritual
sou entre a espada e a parede
mas tenho onde voar
tudo me diz que tem de ser
mas tenho onde morar
o meu jardim é espiritual
às vezes parece que encolhe
e nas outras, maior que o mundo
tem dias que quase morre
é tudo escuro, vazio profundo
o meu jardim é espiritual
já não há mais intervalo
na vida não há brincadeira
sou entre a espada e a parede
o meu jardim é espiritual
o meu jardim é o Ideal
as coisas de ontem são rótulo hoje
e o tempo é desfasado
só lá fora estou nalgum lado
o meu jardim é espiritual
sou entre a espada e a parede
mas tenho onde voar
tudo me diz que tem de ser
mas tenho onde morar
o meu jardim é espiritual
às vezes parece que encolhe
e nas outras, maior que o mundo
tem dias que quase morre
é tudo escuro, vazio profundo
o meu jardim é espiritual
já não há mais intervalo
na vida não há brincadeira
sou entre a espada e a parede
o meu jardim é espiritual
o meu jardim é o Ideal
16 outubro 2007
a melhor risada
não sei qual era a música
nem do que era à minha volta
só do sorriso de olho azul
e o som da melhor risada
e a dançar e a rodar
e o sorriso não me larga
e a voar e a rir
e o sorriso não me larga
nem de qual era o passo
e muito menos do compasso
só do sorriso de olho azul
e o som da melhor risada
e a dançar e a rodar
e o sorriso não o largo
e a voar e a rir
e o sorriso não o largo
e a dançar e a rodar
e o sorriso não me larga
e a voar e a rir
e o sorriso não me larga
nem do que era à minha volta
só do sorriso de olho azul
e o som da melhor risada
e a dançar e a rodar
e o sorriso não me larga
e a voar e a rir
e o sorriso não me larga
nem de qual era o passo
e muito menos do compasso
só do sorriso de olho azul
e o som da melhor risada
e a dançar e a rodar
e o sorriso não o largo
e a voar e a rir
e o sorriso não o largo
e a dançar e a rodar
e o sorriso não me larga
e a voar e a rir
e o sorriso não me larga
voar...
" [...]
fazes muito mais que o sol
vem quebrar o medo
vem saber se há depois
e sentir que somos dois
mas que juntos somos mais
quero ser razão para seres maior
quero te oferecer o meu melhor
e fazes muito mais que o sol"
Canção Simples - Tiago Bettencourt
fazes muito mais que o sol
vem quebrar o medo
vem saber se há depois
e sentir que somos dois
mas que juntos somos mais
quero ser razão para seres maior
quero te oferecer o meu melhor
e fazes muito mais que o sol"
Canção Simples - Tiago Bettencourt
leva-me de mim...
"[...]
és tu quem quer
mas eu só sei ver que o tempo já passou e eu fugi
que aqui está frio demais para me sentir... mas queres ficar?
queres levar tudo o que é meu
e tudo o que eu não sei largar
Vem rasgar o escuro desta chuva que sujou!
Vem que a água vai lavar o que te dói!
Vem que nem o último a cair vai perder."
O Jogo - Tiago Bettencourt
és tu quem quer
mas eu só sei ver que o tempo já passou e eu fugi
que aqui está frio demais para me sentir... mas queres ficar?
queres levar tudo o que é meu
e tudo o que eu não sei largar
Vem rasgar o escuro desta chuva que sujou!
Vem que a água vai lavar o que te dói!
Vem que nem o último a cair vai perder."
O Jogo - Tiago Bettencourt
02 outubro 2007
Tudo novo de novo
"Vamos começar
Colocando um ponto final
Pelo menos já é um sinal
De que tudo na vida tem fim
Vamos acordar
Hoje tem um sol diferente no céu
Gargalhando no seu carrossel
Gritando nada é tão triste assim
É tudo novo de novo
Vamos nos jogar onde já caímos
Tudo novo de novo
Vamos mergulhar do alto onde subimos
Vamos celebrar
Nossa própria maneira de ser
Essa luz que acabou de nascer
Quando aquela de trás apagou
E vamos terminar
Inventando uma nova canção
Nem que seja uma outra versão
Pra tentar entender que acabou
Mas é tudo novo de novo
Vamos nos jogar onde já caímos
Tudo novo de novo
Vamos mergulhar do alto onde subimos"
Paulinho Moska
Colocando um ponto final
Pelo menos já é um sinal
De que tudo na vida tem fim
Vamos acordar
Hoje tem um sol diferente no céu
Gargalhando no seu carrossel
Gritando nada é tão triste assim
É tudo novo de novo
Vamos nos jogar onde já caímos
Tudo novo de novo
Vamos mergulhar do alto onde subimos
Vamos celebrar
Nossa própria maneira de ser
Essa luz que acabou de nascer
Quando aquela de trás apagou
E vamos terminar
Inventando uma nova canção
Nem que seja uma outra versão
Pra tentar entender que acabou
Mas é tudo novo de novo
Vamos nos jogar onde já caímos
Tudo novo de novo
Vamos mergulhar do alto onde subimos"
Paulinho Moska
25 setembro 2007
jet-lag
odeio o jet-lag
fico fora de onde estou
e quando me vou procurar
não me encontro em lado nenhum
odeio o jet-lag
é um limbo fora de horas
leva-me as ganas e o jeito
e ando grogue o dia inteiro
odeio o jet-lag
não chega ser sem ter chegado
ainda tenho de estar num sítio
e deixar metade noutro lado...
fico fora de onde estou
e quando me vou procurar
não me encontro em lado nenhum
odeio o jet-lag
é um limbo fora de horas
leva-me as ganas e o jeito
e ando grogue o dia inteiro
odeio o jet-lag
não chega ser sem ter chegado
ainda tenho de estar num sítio
e deixar metade noutro lado...
24 setembro 2007
talvez
já cheguei, acabou-se
voltei à terra conhecida
estou por cá, em vez de lá
nesta vida que é corrida
já cheguei, chegou ao fim
ou pode ser que continue
só depende do que trouxe
e da vida que há em mim
voltei à terra conhecida
estou por cá, em vez de lá
nesta vida que é corrida
já cheguei, chegou ao fim
ou pode ser que continue
só depende do que trouxe
e da vida que há em mim
18 setembro 2007
Valparaíso
A vida tem dias assim...
Tudo está tranquilo...
É tudo sereno e o barulho do mundo é um eco lá ao longe.
Só se ouve o que vem da alma...
É como estar do outro lado do vidro, ser do tamanho de uma mosca. Um espectador no teatro, à espera do segundo acto...
Tudo é sereno. Na confusao de formas e cores, nada destoa...
Só se ouve o silêncio... e essa velha conhecida, a dor que chega com a partida, traz o travo agri-doce.
E assim, nesse sereno momento partilhado a sós, bebes o teu chá de saudade e paz... Uma infusao de dor resignada. Sabes que chegou. É o momento de partir, é a hora de seguir, de viver o que vem depois.
E a vista segue bonita, às cores, tranquila e distante... sublime na sua paz... como que adormecida a saborear o sol que hoje saiu em força... e tu segues embalado nesse pedaço de céu que roubaste por um dia.
Nada destoa. O mar de casas é como uma companhia de trapezistas equilibrados nas encostas. A confusao de linhas, formas, ângulos , arestas, pilares, apoios e desapoios, é um marasmo de desequilíbrio, equilibrado...
Nada destoa, há espaço para tudo e lugar para mais nada.
Tudo é bom.
A cidade é um jogo de "sobe e desce", entre o mar e a colina.
É uma colecçao de montes e vales, de recantos e paraísos urbanos.
Valparaíso, vale o paraíso...
E agora neste instante e sentado nesta varanda, este céu na terra é meu...
Tudo está tranquilo...
É tudo sereno e o barulho do mundo é um eco lá ao longe.
Só se ouve o que vem da alma...
É como estar do outro lado do vidro, ser do tamanho de uma mosca. Um espectador no teatro, à espera do segundo acto...
Tudo é sereno. Na confusao de formas e cores, nada destoa...
Só se ouve o silêncio... e essa velha conhecida, a dor que chega com a partida, traz o travo agri-doce.
E assim, nesse sereno momento partilhado a sós, bebes o teu chá de saudade e paz... Uma infusao de dor resignada. Sabes que chegou. É o momento de partir, é a hora de seguir, de viver o que vem depois.
E a vista segue bonita, às cores, tranquila e distante... sublime na sua paz... como que adormecida a saborear o sol que hoje saiu em força... e tu segues embalado nesse pedaço de céu que roubaste por um dia.
Nada destoa. O mar de casas é como uma companhia de trapezistas equilibrados nas encostas. A confusao de linhas, formas, ângulos , arestas, pilares, apoios e desapoios, é um marasmo de desequilíbrio, equilibrado...
Nada destoa, há espaço para tudo e lugar para mais nada.
Tudo é bom.
A cidade é um jogo de "sobe e desce", entre o mar e a colina.
É uma colecçao de montes e vales, de recantos e paraísos urbanos.
Valparaíso, vale o paraíso...
E agora neste instante e sentado nesta varanda, este céu na terra é meu...
17 setembro 2007
duas metades
o meu coraçao tem duas metades
uma fresca e vibrante
e uma outra, mais hesitante
nem sempre sei em qual me encontro
parece, ás vezes, que em nenhuma
sao metades que me travam
por nao serem apenas uma
sao siamesas essas duas
nunca uma sem a outra
dá a velha, peso à que é de pluma
e fica a fresca de rédea curta
e neste jogo de cintura
a que eu chamo viver
vou sendo o que a vida me traz
algum dia serao inteiras
as metades que trago dentro
e no fim do meu caminho
talvez a unidade
o meu coraçao tem duas metades
Uma fresca e galopante
e a outra, mais irritante
ás vezes deixo uma, fica a outra
e acontece levar as duas
nos dias de felicidade
em que a boa ganha
à que é de segunda
uma fresca e vibrante
e uma outra, mais hesitante
nem sempre sei em qual me encontro
parece, ás vezes, que em nenhuma
sao metades que me travam
por nao serem apenas uma
sao siamesas essas duas
nunca uma sem a outra
dá a velha, peso à que é de pluma
e fica a fresca de rédea curta
e neste jogo de cintura
a que eu chamo viver
vou sendo o que a vida me traz
algum dia serao inteiras
as metades que trago dentro
e no fim do meu caminho
talvez a unidade
o meu coraçao tem duas metades
Uma fresca e galopante
e a outra, mais irritante
ás vezes deixo uma, fica a outra
e acontece levar as duas
nos dias de felicidade
em que a boa ganha
à que é de segunda
16 setembro 2007
estranha agonia
Voltar é partir de algum lado
É dar-se conta que a vida continua
Ouvir o bater compassado do tempo
E que depois do sol vem a lua
Voltar é seguir em frente
Com tudo o que ficou atrás
É sentir no infinito que há de gente
As marcas que deixaste e tudo o que já é teu
Voltar é arranjar espaço para guardar tudo
E ao ir e chegar e partir e regressar
Encher a mala de lugares
Os que já eram e os que foste buscar
E de uma só vez, deixas e recuperas
Pedaços de aquilo que és...
Voltar é partir de algum lado
Voltar é arranjar espaço para que nasça tudo
Voltar é saber que a vida continua
Com tudo o que tinhas e o que trazes
Para escrever essa história que é a tua
É dar-se conta que a vida continua
Ouvir o bater compassado do tempo
E que depois do sol vem a lua
Voltar é seguir em frente
Com tudo o que ficou atrás
É sentir no infinito que há de gente
As marcas que deixaste e tudo o que já é teu
Voltar é arranjar espaço para guardar tudo
E ao ir e chegar e partir e regressar
Encher a mala de lugares
Os que já eram e os que foste buscar
E de uma só vez, deixas e recuperas
Pedaços de aquilo que és...
Voltar é partir de algum lado
Voltar é arranjar espaço para que nasça tudo
Voltar é saber que a vida continua
Com tudo o que tinhas e o que trazes
Para escrever essa história que é a tua
06 setembro 2007
Los imprescindibles
"Hay hombres que luchan un dia y son buenos
Hay otros que luchan un año y son mejores
Hay quienes luchan muchos años y son muy buenos
Pero hay los que luchan toda la vida...
Esos son los imprescindibles..."
Bertolt Brecht
Hay otros que luchan un año y son mejores
Hay quienes luchan muchos años y son muy buenos
Pero hay los que luchan toda la vida...
Esos son los imprescindibles..."
Bertolt Brecht
A vida livre
É a pior coisa do mundo
Se nao parte cá de dentro
Gela o sangue num segundo
E respiramos porque sim
Parece que prende o que nao pesa
Dá ao pesado, o lugar da frente
Quando a vemos meio de longe
Ou sem deitar a capa fora
A vida livre é fugidia
E procurá-la é quase vê-la
Na vida livre a gente vibra
E chora e grita, e gira e voa
Existe outra, parecida
Onde tudo passa ao lado
É como no cinema
Só é preciso estar sentado
Nessa coisa de fingir
Nada tem risco ou sequer dor
É tudo morno, indiferente
Nao há frio, nao há calor
Amorfa tudo, nada escapa
E essa farsa de cobardes
Nao traz a côr ao mundo
Nem sabe o que é amor
A vida livre é fugidia
E encontrá-la foi vivê-la
Na vida livre, a gente vibra
E chora e grita, e gira e voa
Se nao parte cá de dentro
Gela o sangue num segundo
E respiramos porque sim
Parece que prende o que nao pesa
Dá ao pesado, o lugar da frente
Quando a vemos meio de longe
Ou sem deitar a capa fora
A vida livre é fugidia
E procurá-la é quase vê-la
Na vida livre a gente vibra
E chora e grita, e gira e voa
Existe outra, parecida
Onde tudo passa ao lado
É como no cinema
Só é preciso estar sentado
Nessa coisa de fingir
Nada tem risco ou sequer dor
É tudo morno, indiferente
Nao há frio, nao há calor
Amorfa tudo, nada escapa
E essa farsa de cobardes
Nao traz a côr ao mundo
Nem sabe o que é amor
A vida livre é fugidia
E encontrá-la foi vivê-la
Na vida livre, a gente vibra
E chora e grita, e gira e voa
Coisa oculta
Vem comigo, por favor
Nao me faças voltar sozinho
Vem cá dentro, ou onde fôr
Quero cruzar o mar contigo
Se este teu que levo dentro
Me doer, por estar vazio
E o de sempre fôr presente
Porque nao vieste comigo
Serei menos do que fui cá
Nao me faças ser sozinho
Vem comigo, por favor
Nao me espetes esse espinho
Que eu nao morra dessa dor
És qualquer coisa, plenitude?
Sentir-me solto, ser melhor
Nao tenho nome para ti
És um mistério no meu profundo
Vem comigo, por favor
Que eu nao cruze o mar sozinho...
Nao me faças voltar sozinho
Vem cá dentro, ou onde fôr
Quero cruzar o mar contigo
Se este teu que levo dentro
Me doer, por estar vazio
E o de sempre fôr presente
Porque nao vieste comigo
Serei menos do que fui cá
Nao me faças ser sozinho
Vem comigo, por favor
Nao me espetes esse espinho
Que eu nao morra dessa dor
És qualquer coisa, plenitude?
Sentir-me solto, ser melhor
Nao tenho nome para ti
És um mistério no meu profundo
Vem comigo, por favor
Que eu nao cruze o mar sozinho...
05 setembro 2007
Lumiére
Longe de tudo, perto de mim
Beber um chá no fim do mundo
Tudo é água, ora mar, ora chuvada
E o vento nao descansa um segundo
Uma vela, uma mesa, uma chávena
Uma agenda, a caneta e uma folha de papel
E cá dentro, às cores do quadro
Só lhes falta um pincél
Foi curto esse instante
Durou o que leva beber um chá
Nao chegou a ser momento
Nao passei de um olá
Quero voltar, quero voar
Estar comigo e contemplar
Beber um chá ou outra coisa
Na minha mesa, a minha vela
Voltar ao Lumiére, cheio de chuva
Saber do vento, que bate na janela
Como vai o céu na terra e o mar que nao desiste
E a minha alma na ilha das gaivotas
Onde o tempo nao existe
Beber um chá no fim do mundo
Tudo é água, ora mar, ora chuvada
E o vento nao descansa um segundo
Uma vela, uma mesa, uma chávena
Uma agenda, a caneta e uma folha de papel
E cá dentro, às cores do quadro
Só lhes falta um pincél
Foi curto esse instante
Durou o que leva beber um chá
Nao chegou a ser momento
Nao passei de um olá
Quero voltar, quero voar
Estar comigo e contemplar
Beber um chá ou outra coisa
Na minha mesa, a minha vela
Voltar ao Lumiére, cheio de chuva
Saber do vento, que bate na janela
Como vai o céu na terra e o mar que nao desiste
E a minha alma na ilha das gaivotas
Onde o tempo nao existe
02 setembro 2007
13 horas, 100 km/h, 1300 km
Pois é!
Cheguei a Puerto Montt!
Meti-me num autocarro ontem ao fim da tarde, e hoje de manha, umas boas 13 horas e cerca de 1300 km depois, cá estou eu!
Acho eu que sao cerca de 1300 km...! Como o autocarro nao podia passar dos cem (desespero! sempre que passava para 101 km/h, apitava um alarme...! desespero!), e a viagem fo, mais ou menos, 13 horas... noves fora nada... diz que dá 1300 km....! Longezinho hein?! Dá para sair de Lisboa, passar em Madrid, Barcelona e chegar quase aos pirinéus...!
Cá é normal...! A malta mete-se no carro e vai de férias para o lago....! Mil e nao sei quantos km depois, chegam ao paraíso...! Literalmente...!
Puerto Montt fica no sul. Tao a ver onde fica a ilha de Chiloé? Fica aí perto.
Acabei de chegar e tomar um banho, daqui a nada vou tomar o pequeno almoço. Ainda n conheço quase nada da cidade...!
Estou em casa da mesma família onde ficaram as amigas tugas que também andam por cá. Amanha passo para casa do Lalo, um amigo chileno, de schoenstatt, que conheci em Buenos Aires.
Como um bom tuga, enchi-me de lata e cravei-me à grande, ontem...! O plano era ficar num hostel antes de ir para casa do Lalo mas, nunca ninguém atendeu os telefones...! eheheh
Sao impecáveis! Estou muito bem instalado!
Tá muita bom!
Cheguei a Puerto Montt!
Meti-me num autocarro ontem ao fim da tarde, e hoje de manha, umas boas 13 horas e cerca de 1300 km depois, cá estou eu!
Acho eu que sao cerca de 1300 km...! Como o autocarro nao podia passar dos cem (desespero! sempre que passava para 101 km/h, apitava um alarme...! desespero!), e a viagem fo, mais ou menos, 13 horas... noves fora nada... diz que dá 1300 km....! Longezinho hein?! Dá para sair de Lisboa, passar em Madrid, Barcelona e chegar quase aos pirinéus...!
Cá é normal...! A malta mete-se no carro e vai de férias para o lago....! Mil e nao sei quantos km depois, chegam ao paraíso...! Literalmente...!
Puerto Montt fica no sul. Tao a ver onde fica a ilha de Chiloé? Fica aí perto.
Acabei de chegar e tomar um banho, daqui a nada vou tomar o pequeno almoço. Ainda n conheço quase nada da cidade...!
Estou em casa da mesma família onde ficaram as amigas tugas que também andam por cá. Amanha passo para casa do Lalo, um amigo chileno, de schoenstatt, que conheci em Buenos Aires.
Como um bom tuga, enchi-me de lata e cravei-me à grande, ontem...! O plano era ficar num hostel antes de ir para casa do Lalo mas, nunca ninguém atendeu os telefones...! eheheh
Sao impecáveis! Estou muito bem instalado!
Tá muita bom!
29 agosto 2007
Mcguevara's o Chedonald's
Para quem gosta de comprar t-shirts do che guevara, só "porque é fixe", sem ter a mais pequena ideia de quem foi, ou o que fez e o que nao fez. Sem parar para pensar se realmente concorda com aquilo em que ele acreditava, com as consequências das decisoes que tomou. Para quem compra, sem saber, o símbolo do guerrilheiro, sem sequer se lembrar do homem que muitos vimos retratado no filme.
Eu pessoalmente, embora sinta afinidades com os seus ideais de justiça social, por ter a fé que tenho, nao apoio os meios que usou e considero uma antítese, o resultado que hoje vemos em Cuba. Uma ilha onde coisas tao fundamentais para a dignidade humana como a liberdade de expressao ou a vivência de uma fé, em comunidade, sao fortemente restringidas, chegando a ser, muitas vezes, proibidas.
Mas mais que estas opinoes, ou as que surjam ao lerem este texto, este post é para concordar com uma música que faz uma crítica "bem disposta", à "moda", que parece existir, de escolher causas "porque sim" ou porque "é fixe ser rebelde", sem se parar para pensar porquê, sem que se permita que o nosso mais profundo diga o que acha. Sem se viver, de dentro para fora.
Assim, passamos a ter uma espécie de fast-food de causas, bandeiras, radicalismos...
"Todos se dejan la barba y el pelo como él
Pero no son como él
Todos declaran y hablan en nombre de él
Como si fueran él
Yo me pregunto que estará pensando él
Si pudiera ver
Cómo se llenan de plata hablando de él
Sin saber nada de él
Todos se compran la remerita del Che
Sin saber quien fue
Su nombre y su cara no paran de vender…
Parece McGuevara’s o CheDonald’s
Parece McGuevara’s O CheDonald’s
No es hermano de Fidel ni pariente de Pino’che’
El nació en la Argentina y salió a recorrer
No es de la época de Evita y a pesar del musical
Nunca fue asistente de Peron, el General
Yo me pregunto por qué le tocó a él
Ser Jesucristo al final del milenio, che, eh, Che…
(Y lo mataron como un perro en Bolivia)
Vuelve y vuelve mil veces al que matan así
O es que al final nunca muere
El que no teme morir
Parece McGuevara’s o CheDonald’s"
Kevin Johansen
Eu pessoalmente, embora sinta afinidades com os seus ideais de justiça social, por ter a fé que tenho, nao apoio os meios que usou e considero uma antítese, o resultado que hoje vemos em Cuba. Uma ilha onde coisas tao fundamentais para a dignidade humana como a liberdade de expressao ou a vivência de uma fé, em comunidade, sao fortemente restringidas, chegando a ser, muitas vezes, proibidas.
Mas mais que estas opinoes, ou as que surjam ao lerem este texto, este post é para concordar com uma música que faz uma crítica "bem disposta", à "moda", que parece existir, de escolher causas "porque sim" ou porque "é fixe ser rebelde", sem se parar para pensar porquê, sem que se permita que o nosso mais profundo diga o que acha. Sem se viver, de dentro para fora.
Assim, passamos a ter uma espécie de fast-food de causas, bandeiras, radicalismos...
"Todos se dejan la barba y el pelo como él
Pero no son como él
Todos declaran y hablan en nombre de él
Como si fueran él
Yo me pregunto que estará pensando él
Si pudiera ver
Cómo se llenan de plata hablando de él
Sin saber nada de él
Todos se compran la remerita del Che
Sin saber quien fue
Su nombre y su cara no paran de vender…
Parece McGuevara’s o CheDonald’s
Parece McGuevara’s O CheDonald’s
No es hermano de Fidel ni pariente de Pino’che’
El nació en la Argentina y salió a recorrer
No es de la época de Evita y a pesar del musical
Nunca fue asistente de Peron, el General
Yo me pregunto por qué le tocó a él
Ser Jesucristo al final del milenio, che, eh, Che…
(Y lo mataron como un perro en Bolivia)
Vuelve y vuelve mil veces al que matan así
O es que al final nunca muere
El que no teme morir
Parece McGuevara’s o CheDonald’s"
Kevin Johansen
28 agosto 2007
Pequenos pormenores...
Nada como um Emporio Rosa para adoçar o dia, para acalmar o espírito.
Emporio Rosa, um tónico para a alma, uma viagem de sabores.
Emporio Rosa, uma tertúlia de um, consigo mesmo.
Descobre um Emporio Rosa e vê de fora, o que levas dentro.
Descobre um Emporio Rosa, encontra novos sabores, novas soluçoes, o outro lado.
Prova um Emporio Rosa, pondera o coraçao.
Prova um Emporio Rosa, saboreia o que a vida traz de bom.
Come um Emporio Rosa e experimenta o que isso te faz.
Come um Emporio Rosa e encontra a tua paz.
Emporio Rosa, um tónico para a alma, uma viagem de sabores.
Emporio Rosa, uma tertúlia de um, consigo mesmo.
Descobre um Emporio Rosa e vê de fora, o que levas dentro.
Descobre um Emporio Rosa, encontra novos sabores, novas soluçoes, o outro lado.
Prova um Emporio Rosa, pondera o coraçao.
Prova um Emporio Rosa, saboreia o que a vida traz de bom.
Come um Emporio Rosa e experimenta o que isso te faz.
Come um Emporio Rosa e encontra a tua paz.
21 agosto 2007
Vi o Pacífico...
No fim de semana passado, fui a Zapallar. Fica na costa.
É lindo! Um paraíso na terra...
A luminosidade faz lembrar a zona do Guincho, Praia Grande, Cabo da Roca...
Dois dias de sol...! Praia... nao tomei banho... ainda!
No segundo autocarro que tive de apanhar para lá chegar, conheci o Rafael. Um senhor, já a caminho dos sessenta ou talvez com sessenta e poucos, que entrou com uns bons cem quilos de carne às costas.
É um personagem meio desengonçado, magro, alto, com a pele curtida pelo sol, as maos secas e rijas de quem trabalha a pedra. É canteiro. Trabalha nas várias obras que vao surgindo ao longo da costa. Ora em condomínios, ora em casaroes particulares, lá vai ganhando o seu sustento. É de La Serena, terra costeira mais ao norte de Zapallar.
Numa espécie de chileno de meias palavras e enrolado em álcool, lá me foi contado o que fazia, como conhecia toda aquela costa como a palma da sua mao, como tinha nascido em Santiago, como há uns dias tinha conhecido uns italianos que andavam completamente perdidos...!
De olhos sorridentes e boa disposiçao, lá foi fazendo conversa. Aproveitei para me situar, para saber quanto faltava para Zapallar. Contei-lhe que era de Portugal, ao lado de Espanha... nao pareceu convencido...! Mais à frente na conversa falámos desse tema universal que aproxima povos, serve de aula de geografia e faz caber o imenso globo, na palma da mao. Claro! É o país onde jogou o Rodrigo Tello! Sim... claro... Sporting... agora ja tou a ver!
E assim, na cavaqueira com o pacato Rafael, lá fui, costa fora...! Ao virar para Zapallar, chegou o desafio... decifrar o meio chileno "pós-carga etílica(s)" e perceber onde é que tinha de sair... Antes que o autocarro voltasse a sair de Zapallar! Como nao sabia se íamos passar pelo centro ou nao, e como o Rafael dava a entender que nao havia nenhum terminal onde o autocarro parasse uns minutos, decidi jogar pelo seguro! Saí...
Óbvio... saí antes de tempo...! Tranquilo... um telefonema e foi só esperar que a malta com quem ia ter, me fosse buscar... Tá muita bom Rafael! Um bacano...!
Entre uma caminhada pelas rochas até à terra seguinte, mariscada na outra a seguir e festa noite dentro, já em casa, foi um primeiro dia bem cheio!
O jantar foi churrasco, óbvio! Ao som de tudo desde reggaeton a rock e regados a pisco chileno e sangria "à portuguesa" feita por um espanhol, estava, mais uma vez, assegurado o travo internacional! Nem faltou uma xixa (cachimbo de água para os leigos), "à marroquina"!
Foi um pagode transatlântico, a três passos do pacífico...! foi muita bom...
E no dia seguinte, patuscada na praia! Novo churrasco e voltar a casa, a tempo da missa das sete e meia.
Vi o Pacífico... é igual ao Atlântico...! eheheh dizem que é mais frio... nao sei... ainda!
Vi o Pacífico...! Tá muita bom...! eheheh
É lindo! Um paraíso na terra...
A luminosidade faz lembrar a zona do Guincho, Praia Grande, Cabo da Roca...
Dois dias de sol...! Praia... nao tomei banho... ainda!
No segundo autocarro que tive de apanhar para lá chegar, conheci o Rafael. Um senhor, já a caminho dos sessenta ou talvez com sessenta e poucos, que entrou com uns bons cem quilos de carne às costas.
É um personagem meio desengonçado, magro, alto, com a pele curtida pelo sol, as maos secas e rijas de quem trabalha a pedra. É canteiro. Trabalha nas várias obras que vao surgindo ao longo da costa. Ora em condomínios, ora em casaroes particulares, lá vai ganhando o seu sustento. É de La Serena, terra costeira mais ao norte de Zapallar.
Numa espécie de chileno de meias palavras e enrolado em álcool, lá me foi contado o que fazia, como conhecia toda aquela costa como a palma da sua mao, como tinha nascido em Santiago, como há uns dias tinha conhecido uns italianos que andavam completamente perdidos...!
De olhos sorridentes e boa disposiçao, lá foi fazendo conversa. Aproveitei para me situar, para saber quanto faltava para Zapallar. Contei-lhe que era de Portugal, ao lado de Espanha... nao pareceu convencido...! Mais à frente na conversa falámos desse tema universal que aproxima povos, serve de aula de geografia e faz caber o imenso globo, na palma da mao. Claro! É o país onde jogou o Rodrigo Tello! Sim... claro... Sporting... agora ja tou a ver!
E assim, na cavaqueira com o pacato Rafael, lá fui, costa fora...! Ao virar para Zapallar, chegou o desafio... decifrar o meio chileno "pós-carga etílica(s)" e perceber onde é que tinha de sair... Antes que o autocarro voltasse a sair de Zapallar! Como nao sabia se íamos passar pelo centro ou nao, e como o Rafael dava a entender que nao havia nenhum terminal onde o autocarro parasse uns minutos, decidi jogar pelo seguro! Saí...
Óbvio... saí antes de tempo...! Tranquilo... um telefonema e foi só esperar que a malta com quem ia ter, me fosse buscar... Tá muita bom Rafael! Um bacano...!
Entre uma caminhada pelas rochas até à terra seguinte, mariscada na outra a seguir e festa noite dentro, já em casa, foi um primeiro dia bem cheio!
O jantar foi churrasco, óbvio! Ao som de tudo desde reggaeton a rock e regados a pisco chileno e sangria "à portuguesa" feita por um espanhol, estava, mais uma vez, assegurado o travo internacional! Nem faltou uma xixa (cachimbo de água para os leigos), "à marroquina"!
Foi um pagode transatlântico, a três passos do pacífico...! foi muita bom...
E no dia seguinte, patuscada na praia! Novo churrasco e voltar a casa, a tempo da missa das sete e meia.
Vi o Pacífico... é igual ao Atlântico...! eheheh dizem que é mais frio... nao sei... ainda!
Vi o Pacífico...! Tá muita bom...! eheheh
20 agosto 2007
Argentina vol.3
Sim... o mito é verdade...!
As argentinas sao todas lindas...! É impressionante! Pobres, ricas, novas ou velhas! É impressionate...! lol eu apaixonava-me umas vinte vezes, cada vez que saía à rua...! lololol
A sério... a viagem a Buenos Aires foi muito à frente...
Talvez pelo acolhimento, ou por palavras como casório, guita ou morfar, ou outros pequenos pormenores, senti-me como se estivesse em casa em Buenos Aires...
Viveria feliz, uns seis meses nessa metrópole tao cheia de cultura, de história, de vida! Uma cidade cheia de coisas para ver e fazer e com quem tive nada mais que um curto namoro...!
Ao voltar a casa, senti isso mesmo. Senti que estava a voltar a casa e nao que estava a voltar ao Chile...
Estava de regresso à família de irmaos que tenho aqui deste lado do mar. Estava de volta à terra onde mora parte do meu coraçao...
vou voltar a estas terras
é tao seguro como o ar que respiro
vou voltar a estas terras
nao sei por quanto tempo
tá muita bom!
As argentinas sao todas lindas...! É impressionante! Pobres, ricas, novas ou velhas! É impressionate...! lol eu apaixonava-me umas vinte vezes, cada vez que saía à rua...! lololol
A sério... a viagem a Buenos Aires foi muito à frente...
Talvez pelo acolhimento, ou por palavras como casório, guita ou morfar, ou outros pequenos pormenores, senti-me como se estivesse em casa em Buenos Aires...
Viveria feliz, uns seis meses nessa metrópole tao cheia de cultura, de história, de vida! Uma cidade cheia de coisas para ver e fazer e com quem tive nada mais que um curto namoro...!
Ao voltar a casa, senti isso mesmo. Senti que estava a voltar a casa e nao que estava a voltar ao Chile...
Estava de regresso à família de irmaos que tenho aqui deste lado do mar. Estava de volta à terra onde mora parte do meu coraçao...
vou voltar a estas terras
é tao seguro como o ar que respiro
vou voltar a estas terras
nao sei por quanto tempo
tá muita bom!
Argentina vol.2
Dia 11.
Dia de ordenaçao sacerdotal. Dia de rever o Gonçalo e o Pedro. A razao pela qual fui à Argentina.
A ordenaçao foi no santuário de Florêncio Varela, arredores de Bs. As. . Pelo caminho, a mística europeia perde-se... o travo a metrópole enfranquece... mergulha-se naquilo que sao os arredores de uma grande cidade da américa latina. Muita pobreza... habitaçao precária... ausência de qualquer conceito de urbanismo...
Chegados ao santuário, aí estavam! Foi muito forte ver o Pedro e o Gonçalo outra vez, depois de tanto tempo...! Depois da cerimónia deu para começar a matar saudades...
De volta a Buenos Aires, jantei com o grupo do Keko, boa malta! Boa onda!
A seguir, copos em Recoleta.
O dia seguinte, passei-o numa churrascada "à Argentina"... ai que carne....! O Pedro também estava. À noite voltei a estar com o Gonçalo, no santuário de san isidro (arredores "quicos" de buenos aires).
Segunda-feira, fomos à Boca, conhecer o Caminito, uma rua/museu ao ar livre, muito turístico. Tao a ver o clube Boca-Juniors? O estádio "La Bombonera"? É tudo nesse bairro!
É um bairro mais pobre, à beira rio, que foi fundado por emigrantes europeus. As casas todas às cores! Antigamente, pintavam-nas com os restos das tintas dos navios. Hoje continua assim pelo turismo.
Foi em bairros como este, que nasceu o tango... nao havia uma esquina onde nao estivesse alguém a dançar o tango, por uma pouca quantia...!
Por detrás do colorido das casas, do bulício das ruas, do travo a turista, num qualquer portao aberto, a pobreza grita... ou através de uma criança imunda... ou de três paredes que fazem de casa... ou poças de água negra... ou lixo acumulado...
Nessa noite, deopis de jantar fora, fomos beber um copo. É impressionante... o argentino até a mae vende, se lhe derem a quantia certa..! Havia sempre gente na rua a vender algum bar ou restaurante...! E tinham jeito! lol muita lábia! Grande Pepe!
Terça-feira. Era dia de ir a La Plata para estar com o Pedro e com o Gonçalo com mais tempo, e conhecer a sua realidade.
Acabou por nao dar e ficámos todos em Bs. As. . O Pedro atrasou-se muito no médico em Bs. As. e já nao deu para ir. Nao vi o Gonçalo... foi uma pena...! Mais uma razao para voltar!
Nesse dia, fartei-me de caminhar e conhecer ainda mais um pouco dessa cidade que me ganhou...!
Ao fim da tarde, o Pedro, quando finalmente se despachou, juntou-se à pandilha e fui jantar fora com ele e com o Tomas. Comi o melhor lombo de toda a minha vida... a sério... quase nao tinha de fazer força com a faca para cortá-lo...! Tao bom...
À noite, depois de termos ido beber um copo com o Pedro e de ter caído uma descarga de granizo que deixou as ruas brancas, fomos beber outro copo a Palermo, uma espécie de bairro alto de Bs. As. . (pequena nota: de dia, de t-shirt, de noite, a fugir do granizo! viva o aquecimento global!)
Chegados a Palermo, foi a "despedida" do Monteiro... a cerveja tinha sabor a última e as gargalhadas um travo de pena... mas vou voltar...!
Quarta-feira. Despedida... aviao... back to chile...
Nao posso deixar de assinalar o taxista que me levou ao aeroporto! Baixo, gordo, saudável careca, bigode. Bem tuga hein?! E como qualquer taxista em qualquer parte do mundo, com alguma opiniao sobre tudo! É só preciso dar corda! Filho de pais galegos, foi a tagarelar sobre tudo e mais alguma coisa até ao aeroporto... teve graça! Melhor que despedir-me sozinho dessa cidade que me conquistou...!
Dia de ordenaçao sacerdotal. Dia de rever o Gonçalo e o Pedro. A razao pela qual fui à Argentina.
A ordenaçao foi no santuário de Florêncio Varela, arredores de Bs. As. . Pelo caminho, a mística europeia perde-se... o travo a metrópole enfranquece... mergulha-se naquilo que sao os arredores de uma grande cidade da américa latina. Muita pobreza... habitaçao precária... ausência de qualquer conceito de urbanismo...
Chegados ao santuário, aí estavam! Foi muito forte ver o Pedro e o Gonçalo outra vez, depois de tanto tempo...! Depois da cerimónia deu para começar a matar saudades...
De volta a Buenos Aires, jantei com o grupo do Keko, boa malta! Boa onda!
A seguir, copos em Recoleta.
O dia seguinte, passei-o numa churrascada "à Argentina"... ai que carne....! O Pedro também estava. À noite voltei a estar com o Gonçalo, no santuário de san isidro (arredores "quicos" de buenos aires).
Segunda-feira, fomos à Boca, conhecer o Caminito, uma rua/museu ao ar livre, muito turístico. Tao a ver o clube Boca-Juniors? O estádio "La Bombonera"? É tudo nesse bairro!
É um bairro mais pobre, à beira rio, que foi fundado por emigrantes europeus. As casas todas às cores! Antigamente, pintavam-nas com os restos das tintas dos navios. Hoje continua assim pelo turismo.
Foi em bairros como este, que nasceu o tango... nao havia uma esquina onde nao estivesse alguém a dançar o tango, por uma pouca quantia...!
Por detrás do colorido das casas, do bulício das ruas, do travo a turista, num qualquer portao aberto, a pobreza grita... ou através de uma criança imunda... ou de três paredes que fazem de casa... ou poças de água negra... ou lixo acumulado...
Nessa noite, deopis de jantar fora, fomos beber um copo. É impressionante... o argentino até a mae vende, se lhe derem a quantia certa..! Havia sempre gente na rua a vender algum bar ou restaurante...! E tinham jeito! lol muita lábia! Grande Pepe!
Terça-feira. Era dia de ir a La Plata para estar com o Pedro e com o Gonçalo com mais tempo, e conhecer a sua realidade.
Acabou por nao dar e ficámos todos em Bs. As. . O Pedro atrasou-se muito no médico em Bs. As. e já nao deu para ir. Nao vi o Gonçalo... foi uma pena...! Mais uma razao para voltar!
Nesse dia, fartei-me de caminhar e conhecer ainda mais um pouco dessa cidade que me ganhou...!
Ao fim da tarde, o Pedro, quando finalmente se despachou, juntou-se à pandilha e fui jantar fora com ele e com o Tomas. Comi o melhor lombo de toda a minha vida... a sério... quase nao tinha de fazer força com a faca para cortá-lo...! Tao bom...
À noite, depois de termos ido beber um copo com o Pedro e de ter caído uma descarga de granizo que deixou as ruas brancas, fomos beber outro copo a Palermo, uma espécie de bairro alto de Bs. As. . (pequena nota: de dia, de t-shirt, de noite, a fugir do granizo! viva o aquecimento global!)
Chegados a Palermo, foi a "despedida" do Monteiro... a cerveja tinha sabor a última e as gargalhadas um travo de pena... mas vou voltar...!
Quarta-feira. Despedida... aviao... back to chile...
Nao posso deixar de assinalar o taxista que me levou ao aeroporto! Baixo, gordo, saudável careca, bigode. Bem tuga hein?! E como qualquer taxista em qualquer parte do mundo, com alguma opiniao sobre tudo! É só preciso dar corda! Filho de pais galegos, foi a tagarelar sobre tudo e mais alguma coisa até ao aeroporto... teve graça! Melhor que despedir-me sozinho dessa cidade que me conquistou...!
Argentina vol.1
Che boludo! Por onde começar...?
É que Buenos Aires excedeu todas as minhas expectativas...!
Pelo princípio!
Fiquei alojado em casa do Tomás, um argentino que conheci em Portugal, em Janeiro, quando estiveram os chilenos. Também é schoenstatiano.
O acolhimento dele, que foi dormir para a sala para que eu dormisse numa cama, e dos amigos dele, foi de sete estrelas! Mesmo... foram impecáveis...! Eu e os chilenos com quem estive mais, sentíamo-nos em casa!
Cheguei no dia 9, já de noite. Voltei a cruzar os Andes. Outra vez impressionante...! Além disso, passados os Andes, "entrámos na noite". Estava a voar "contra o sol".
Nessa noite, jantei em casa do Jorge, um argentino. Boa jantarada! E até fiquei com um contacto para ir ao sul, aqui no chile.
No dia seguinte, saímos à rua...
Buenos Aires é enorme! Mesmo sem contar com os arredores.
É uma cidade muito ao estilo europeu e está distribuída em quadrículas. Sente-se uma atmosfera de grande metrópole. Está sempre alguma coisa a acontecer. Imensa gente na rua. Grandes avenidas, edifícios monumentais, arranha-céus modernos.
Fartei-me de andar. É uma boa cidade para caminhar, com muita coisa para visitar e conhecer...
Os seis dias que lá estive, foram curtos...!
Há imenso comércio, onde quer que se vá. Em imensas esquinas há cafés, um pouco como à portuguesa! Mas a maioria, mais "produzidos" que os nossos!
Perto de onde estive, está a Plaza de San Martín, libertador da Argentina e, junto com Bolívar, de vários países da América Latina!
Nesse primeiro dia fui , também, ao santuário de Buenos Aires (centro). É dentro de um prédio! Entra-se no prédio e depois há uma sala que é o santuário...! Muito estranho! Por dentro é igual. Parece que só há mais um assim, no mundo inteiro. Está em Nova Iorque.
À noite, foi a despedida do Gaúcho, um irmao de grupo do Tomas, que foi um ano para a Nova Zelândia, numa de aventura, aberto ao que a vida lhe traga! Bom espírito...!
Foi uma noite bem passada, em pleno centro de Buenos Aires, em casa do Facu.
Entre cerveja argentina, pisco chileno, brindes à portuguesa e os universais jogos que sao iguais em todo o lado, o intercâmbio cultural estava assegurado! Lá, como em Portugal, é à volta de uma mesa onde se está melhor... foi uma noite muito bem passada...!
É que Buenos Aires excedeu todas as minhas expectativas...!
Pelo princípio!
Fiquei alojado em casa do Tomás, um argentino que conheci em Portugal, em Janeiro, quando estiveram os chilenos. Também é schoenstatiano.
O acolhimento dele, que foi dormir para a sala para que eu dormisse numa cama, e dos amigos dele, foi de sete estrelas! Mesmo... foram impecáveis...! Eu e os chilenos com quem estive mais, sentíamo-nos em casa!
Cheguei no dia 9, já de noite. Voltei a cruzar os Andes. Outra vez impressionante...! Além disso, passados os Andes, "entrámos na noite". Estava a voar "contra o sol".
Nessa noite, jantei em casa do Jorge, um argentino. Boa jantarada! E até fiquei com um contacto para ir ao sul, aqui no chile.
No dia seguinte, saímos à rua...
Buenos Aires é enorme! Mesmo sem contar com os arredores.
É uma cidade muito ao estilo europeu e está distribuída em quadrículas. Sente-se uma atmosfera de grande metrópole. Está sempre alguma coisa a acontecer. Imensa gente na rua. Grandes avenidas, edifícios monumentais, arranha-céus modernos.
Fartei-me de andar. É uma boa cidade para caminhar, com muita coisa para visitar e conhecer...
Os seis dias que lá estive, foram curtos...!
Há imenso comércio, onde quer que se vá. Em imensas esquinas há cafés, um pouco como à portuguesa! Mas a maioria, mais "produzidos" que os nossos!
Perto de onde estive, está a Plaza de San Martín, libertador da Argentina e, junto com Bolívar, de vários países da América Latina!
Nesse primeiro dia fui , também, ao santuário de Buenos Aires (centro). É dentro de um prédio! Entra-se no prédio e depois há uma sala que é o santuário...! Muito estranho! Por dentro é igual. Parece que só há mais um assim, no mundo inteiro. Está em Nova Iorque.
À noite, foi a despedida do Gaúcho, um irmao de grupo do Tomas, que foi um ano para a Nova Zelândia, numa de aventura, aberto ao que a vida lhe traga! Bom espírito...!
Foi uma noite bem passada, em pleno centro de Buenos Aires, em casa do Facu.
Entre cerveja argentina, pisco chileno, brindes à portuguesa e os universais jogos que sao iguais em todo o lado, o intercâmbio cultural estava assegurado! Lá, como em Portugal, é à volta de uma mesa onde se está melhor... foi uma noite muito bem passada...!
17 agosto 2007
o presente em que me encontro
a vida que algum dia queira ter
está hoje aqui, à minha espera
e se me perco no que é antigo
sigo adormecido, naquilo que é de agora
é forte a tentaçao, porque grande é o salto
de estar seguro no que é de ontem
e deixar passar o que é de hoje
sem pensar no que me espera
é hoje que estou vivo
nao ontem ou amanha
é no presente em que me vejo
que construo o meu desejo
a sonhar vou caminhando
porque assim aprendi a ser
de olhos postos no mais alto
e coraçao entregue mais abaixo
e nos sonhos voa a alma
de corpo entregue ao que me espera
com a bagagem da memória
e mais um tanto deste tempo
no presente em que me encontro
maduro o que é de outrora
é onde vivo o que recebo
e ao futuro me prometo
está hoje aqui, à minha espera
e se me perco no que é antigo
sigo adormecido, naquilo que é de agora
é forte a tentaçao, porque grande é o salto
de estar seguro no que é de ontem
e deixar passar o que é de hoje
sem pensar no que me espera
é hoje que estou vivo
nao ontem ou amanha
é no presente em que me vejo
que construo o meu desejo
a sonhar vou caminhando
porque assim aprendi a ser
de olhos postos no mais alto
e coraçao entregue mais abaixo
e nos sonhos voa a alma
de corpo entregue ao que me espera
com a bagagem da memória
e mais um tanto deste tempo
no presente em que me encontro
maduro o que é de outrora
é onde vivo o que recebo
e ao futuro me prometo
no voy a ser yo...
"El que se quede sin dar el paso, no voy a ser yo
Quien se canse de tus abrazos, no voy a ser yo
No voy a ser yo, no voy a ser yo
Tengo tiempo y tengo paciencia, y sobre todo
Te tengo dentro de mi existencia de cualquier modo,
Y aunque falte tal vez bastante, no voy a ser yo
El que se canse antes, no voy a ser yo
Hay gente que no debería enamorarse
Algunos no deberíamos dar el sí
Yo no veo otra salida, no quiero pasar la vida
Sin que la vida pase a través de mí...
Quien se esconda de lo que siente, no voy a ser yo
No voy a pisar el freno, no voy a ser yo
El que se ande con más o menos, no voy a ser yo
Hay gente que no debería involucrarse
Con cosas que luego no pueden manejar
Yo no veo otra salida, no quiero pasar la vida,
Pisando una piedra y volviéndola a pisar...
Si querés un Principe Azulado, no voy a ser yo,
Si querés un 'Bangundangunladu'*, no voy a ser yo"
Letra: Jorge Drexler & Kevin Johansen; música: Kevin Johansen
*em dialecto Yamaní, significa: cararrota
Quien se canse de tus abrazos, no voy a ser yo
No voy a ser yo, no voy a ser yo
Tengo tiempo y tengo paciencia, y sobre todo
Te tengo dentro de mi existencia de cualquier modo,
Y aunque falte tal vez bastante, no voy a ser yo
El que se canse antes, no voy a ser yo
Hay gente que no debería enamorarse
Algunos no deberíamos dar el sí
Yo no veo otra salida, no quiero pasar la vida
Sin que la vida pase a través de mí...
Quien se esconda de lo que siente, no voy a ser yo
No voy a pisar el freno, no voy a ser yo
El que se ande con más o menos, no voy a ser yo
Hay gente que no debería involucrarse
Con cosas que luego no pueden manejar
Yo no veo otra salida, no quiero pasar la vida,
Pisando una piedra y volviéndola a pisar...
Si querés un Principe Azulado, no voy a ser yo,
Si querés un 'Bangundangunladu'*, no voy a ser yo"
Letra: Jorge Drexler & Kevin Johansen; música: Kevin Johansen
*em dialecto Yamaní, significa: cararrota
Himno a mi corazón
"sobre la palma de mi lengua
vive el himno de mi corazón
siento la alianza mas perfecta
que en justicia me une a vos
la vida es un libro util
para aquel que quiera comprender
tengo confianza en la balanza
que inclina mi parecer
nadie quiere dormirse aqui
algo puedo hacer
tras haber cruzado la mar
te seducire
con felicidad yo canto
nada me abruma ni me impide en este dia
que te quiera amor
naturalmente mi presente
busca florescer de a dos
nada hay que nada prohibe
ya te veo andar en libertad
que no se razgue como seda
el clima de tu corazón
nada quiere dormirse aqui
algo puedo hacer
tras haber cruzado la mar
te seducire
solo por amor yo canto"
versao de Abel Pintos & Mercedes Sosa; original dos La Abuela Coca
vive el himno de mi corazón
siento la alianza mas perfecta
que en justicia me une a vos
la vida es un libro util
para aquel que quiera comprender
tengo confianza en la balanza
que inclina mi parecer
nadie quiere dormirse aqui
algo puedo hacer
tras haber cruzado la mar
te seducire
con felicidad yo canto
nada me abruma ni me impide en este dia
que te quiera amor
naturalmente mi presente
busca florescer de a dos
nada hay que nada prohibe
ya te veo andar en libertad
que no se razgue como seda
el clima de tu corazón
nada quiere dormirse aqui
algo puedo hacer
tras haber cruzado la mar
te seducire
solo por amor yo canto"
versao de Abel Pintos & Mercedes Sosa; original dos La Abuela Coca
Anoche soñé contigo
"anoche soñé contigo
y no estaba durmiendo
todo lo contrario
estaba bien despierto
soñé que no hacia falta
hacer ningún esfuerzo
para que te entregaras
en ti yo estaba inmerso
que lindo que es soñar
soñar no cuesta nada
soñar y nada mas
con los ojos abiertos
que lindo que es soñar
y no te cuesta nada mas que tiempo
¿que hacer con tanta angustia?
por cosas no resueltas
con toda esta energía
casi siempre mal puesta
si pudiera olvidarme
por siempre de mi mismo
habría de encontrarme
allá en tu dulce abismo
que lindo que es soñar
soñar no cuesta nada
soñar y nada mas
con los ojos abiertos
que lindo que es soñar
y no te cuesta nada mas que tiempo
soñé que no hacia falta
hacer ningún esfuerzo
para que te entregaras
en ti yo estaba inmerso.
que lindo que es soñar..."
y no estaba durmiendo
todo lo contrario
estaba bien despierto
soñé que no hacia falta
hacer ningún esfuerzo
para que te entregaras
en ti yo estaba inmerso
que lindo que es soñar
soñar no cuesta nada
soñar y nada mas
con los ojos abiertos
que lindo que es soñar
y no te cuesta nada mas que tiempo
¿que hacer con tanta angustia?
por cosas no resueltas
con toda esta energía
casi siempre mal puesta
si pudiera olvidarme
por siempre de mi mismo
habría de encontrarme
allá en tu dulce abismo
que lindo que es soñar
soñar no cuesta nada
soñar y nada mas
con los ojos abiertos
que lindo que es soñar
y no te cuesta nada mas que tiempo
soñé que no hacia falta
hacer ningún esfuerzo
para que te entregaras
en ti yo estaba inmerso.
que lindo que es soñar..."
Kevin Johansen
08 agosto 2007
NEVE!!!
Está tudo branco! Parece que cobriram tudo com açúcar! Parece os filmes! Parece que chegou o Natal!!! eheheh
Nunca tinha visto nevar à séria! E nao é muito costume nevar assim tanto aqui em Santiago...!
Que sorte!
Os carros parados tao todos tapados, os telhados cada vez mais cobertos! Tudo quanto era relva agora é branco! É brutal!
Viva a neve! Vista de dentro de casa, claro! Sim... de repente ficou muito mais frio...!
Como amanhaceu a chover, pode ser que o céu fique mais limpo, amanha...! E se parar de nevar... imaginem ver um tapete de branco, rodeado de montes ainda mais brancos, ao brilho quase ofuscante de um sol que tudo enche de luz...! brutal...!
Santiago fica um bocado mais bonita, vestida de branco.
Amanha à tarde, zarpo rumo à Argentina! Dizem que está a chover torrencialmente...! Bora!!! Isto é a rodar os climas todos!
Tá muita bom!
Nunca tinha visto nevar à séria! E nao é muito costume nevar assim tanto aqui em Santiago...!
Que sorte!
Os carros parados tao todos tapados, os telhados cada vez mais cobertos! Tudo quanto era relva agora é branco! É brutal!
Viva a neve! Vista de dentro de casa, claro! Sim... de repente ficou muito mais frio...!
Como amanhaceu a chover, pode ser que o céu fique mais limpo, amanha...! E se parar de nevar... imaginem ver um tapete de branco, rodeado de montes ainda mais brancos, ao brilho quase ofuscante de um sol que tudo enche de luz...! brutal...!
Santiago fica um bocado mais bonita, vestida de branco.
Amanha à tarde, zarpo rumo à Argentina! Dizem que está a chover torrencialmente...! Bora!!! Isto é a rodar os climas todos!
Tá muita bom!
05 agosto 2007
Ecos de Verdade, Sorrisos de Vida, Lágrimas de Paz...
Ontem fui a um assado da juventude masculina.
Muita gente, boa carne, gargalhadas, bons momentos, mais um bocado de Novo chileno.
Só que nao era um dia qualquer. As graças de ontem tinham um travo especial... os olhares, um brilho de algo mais profundo...
Foi a despedida do Pe. Felipe, um padre que esteve com a juventude durante os últimos oito anos e meio... um padre que se tornou parte amigo, parte pai...
Por trás dos sorrisos, ecoava uma uniao profunda, uma ligaçao palpável que unia todos os que estavam presentes. Aquele era o seu espaço. Portadores de uma memória viva que os congrega, estavam ali, para honrar o vínculo que une cada um dos seus coraçoes ao do Pe. Felipe. Estavam ali para invocar ecos de coisas antigas. Estavam ali para celebrar toda a vida que nasceu, todas as lutas, conquistas, dores e milagres, que a aventura que é segui-Lo traz. Estavam ali para agradecer... para rir juntos uma última vez... para saborear a companhia uns dos outros...
Eu estava lá no meio... a ver, a sentir. Uma espécie de repórter, a tentar captar uma realidade que em parte lhe escapa. Por mero acaso, fui parar a um momento em que os coraçoes estavam à flor da pele. Tive sorte.
Foi inspirador ver como sonhos vividos e coraçoes comprometidos, trazem tantos momentos a transbordar de Vida. Daquela mesmo livre...
Vim embora com dois sentimentos:
Algum dia teremos de fazer o mesmo no meu ramo... algum dia, aquele amigo de tantas dores e alegrias terá de seguir caminho... assim é a vida...!
Se nao fosse o contributo, tao inspirador, do Pe. Felipe, eu nao poderia contar essa história de uma epopeia que trouxe à minha terra um turbilhao de vida, que me deu resposta a anseios que mal ouvia... que me trouxe amigos que ficaram irmaos... que me fez renascer... que me fez cruzar o mar e estar aqui a escrever este post...!
Estamos todos no mesmo barco. O que um faz afecta o outro, mal ou bem. Vale a pena Amar! Nunca se sabe a quem vamos encher de Paz...
Ontem conheci um pouco da história de alguém que seguiu o coraçao e que, com as forças que tinha, se entregou à vertigem de vida que isso lhe trouxe... ouvi as palavras de um coraçao agradecido que, entre lágrimas, ecoava o milagre que é estar Vivo e ser Amado...
Talvez um dia, alguém conte as nossas... ainda vamos a tempo!
Muita gente, boa carne, gargalhadas, bons momentos, mais um bocado de Novo chileno.
Só que nao era um dia qualquer. As graças de ontem tinham um travo especial... os olhares, um brilho de algo mais profundo...
Foi a despedida do Pe. Felipe, um padre que esteve com a juventude durante os últimos oito anos e meio... um padre que se tornou parte amigo, parte pai...
Por trás dos sorrisos, ecoava uma uniao profunda, uma ligaçao palpável que unia todos os que estavam presentes. Aquele era o seu espaço. Portadores de uma memória viva que os congrega, estavam ali, para honrar o vínculo que une cada um dos seus coraçoes ao do Pe. Felipe. Estavam ali para invocar ecos de coisas antigas. Estavam ali para celebrar toda a vida que nasceu, todas as lutas, conquistas, dores e milagres, que a aventura que é segui-Lo traz. Estavam ali para agradecer... para rir juntos uma última vez... para saborear a companhia uns dos outros...
Eu estava lá no meio... a ver, a sentir. Uma espécie de repórter, a tentar captar uma realidade que em parte lhe escapa. Por mero acaso, fui parar a um momento em que os coraçoes estavam à flor da pele. Tive sorte.
Foi inspirador ver como sonhos vividos e coraçoes comprometidos, trazem tantos momentos a transbordar de Vida. Daquela mesmo livre...
Vim embora com dois sentimentos:
Algum dia teremos de fazer o mesmo no meu ramo... algum dia, aquele amigo de tantas dores e alegrias terá de seguir caminho... assim é a vida...!
Se nao fosse o contributo, tao inspirador, do Pe. Felipe, eu nao poderia contar essa história de uma epopeia que trouxe à minha terra um turbilhao de vida, que me deu resposta a anseios que mal ouvia... que me trouxe amigos que ficaram irmaos... que me fez renascer... que me fez cruzar o mar e estar aqui a escrever este post...!
Estamos todos no mesmo barco. O que um faz afecta o outro, mal ou bem. Vale a pena Amar! Nunca se sabe a quem vamos encher de Paz...
Ontem conheci um pouco da história de alguém que seguiu o coraçao e que, com as forças que tinha, se entregou à vertigem de vida que isso lhe trouxe... ouvi as palavras de um coraçao agradecido que, entre lágrimas, ecoava o milagre que é estar Vivo e ser Amado...
Talvez um dia, alguém conte as nossas... ainda vamos a tempo!
29 julho 2007
Primeiras impressoes
Pois é!
Já cá estou pelo Chile!
A viagem correu bem e sem atrasos, o que é realmente uma bençao...! Com uma viagem de umas boas quinze horas desde Lisboa a Santiago, com duas escalas pelo caminho, ter atrasos seria a morte do artista...!
Cheguei de manha e depois de todas as alfandegas e isso, finalmente saí do aeroporto e aí estavam os meus amigos. Aí estava o meu Chile...
Era fresquinho...!
Nesse primeiro dia vim para casa do Gerardo, comecei a absorver a realidade chilena.
Uma coisa é constante: os Andes... é impressionante olhar pela janela e ver umas montanhas enormes e brancas, como pano de fundo! Parece os embrulhos daqueles chocolates suíços!
Sao mesmo bonitos! Fica-se logo com outra vontade de sair à rua! E cruzá-los de aviao foi como um consolo depois de tantas horas em viagem...
Depois de me ter instalado e de ter dormido uma boa sesta, fomos passear a Santa Martina, um resort numa serra onde a vista para os Andes é ainda mais bonita...! Ainda por cima, a luz do sol estava brutal! Nesse dia até nem havia muito smog!
Sim, Santiago do Chile, depois da Cidade do México, é a cidade mais poluída do mundo...
À noite, tivemos um assado (churrascada) "à chilena", onde me encontrei com todos os que faltavam e que estavam cá em Santiago. (cá estao de férias e alguns estavam fora da cidade)
Nessa noite, fiquei doente e o dia seguinte, passei-o todo, qual eremita, enfiado em casa a recuperar... nao foi lá muito interessante...
Recuperada a saúde de ferro, velha companheira de tantas e tantas aventuras (bela chalaça hein?!), voltei a sair à rua, no meu terceiro dia de Chile. Demos umas voltas, ainda sempre pelos arredores, e à noite a malta juntou-se em casa do Keko para "pelar el cable" (descubram o significado e metam-se mais no que é ser chileno!).
Ontem foram os anos do Foyon e lá estivemos todos a celebrar!
Foi especial e muito bom, poder estar nos anos de um Porta tao amigo, na sua casa, com a sua familia e amigos...
Estes primeiros dias têm sido de reencontro e descoberta. Dias em que, aos poucos, vou conhecendo mais de onde vieram estes chilenos que de estranhos passaram a amigos e de amigos a irmaos...
Esta, é uma viagem de reencontro, de descoberta, de um novo começo... de um fortalecimento e amadurecimento de vinculos que unem coraçoes, que enchem almas... que duram uma vida... mesmo que a vida nos leve por caminhos que nos afastem.
Hoje é dia de missa, e ao fim da tarde vamos ao santuário. Vai ser muito giro ir á missa com eles, cá...
Ta muita bom... sinto-me bem...
PS: Devem ter percebido que faltam acentos. Este teclado nao tem "til" e por isso, marimbei um bocado nos outros todos...!
Já cá estou pelo Chile!
A viagem correu bem e sem atrasos, o que é realmente uma bençao...! Com uma viagem de umas boas quinze horas desde Lisboa a Santiago, com duas escalas pelo caminho, ter atrasos seria a morte do artista...!
Cheguei de manha e depois de todas as alfandegas e isso, finalmente saí do aeroporto e aí estavam os meus amigos. Aí estava o meu Chile...
Era fresquinho...!
Nesse primeiro dia vim para casa do Gerardo, comecei a absorver a realidade chilena.
Uma coisa é constante: os Andes... é impressionante olhar pela janela e ver umas montanhas enormes e brancas, como pano de fundo! Parece os embrulhos daqueles chocolates suíços!
Sao mesmo bonitos! Fica-se logo com outra vontade de sair à rua! E cruzá-los de aviao foi como um consolo depois de tantas horas em viagem...
Depois de me ter instalado e de ter dormido uma boa sesta, fomos passear a Santa Martina, um resort numa serra onde a vista para os Andes é ainda mais bonita...! Ainda por cima, a luz do sol estava brutal! Nesse dia até nem havia muito smog!
Sim, Santiago do Chile, depois da Cidade do México, é a cidade mais poluída do mundo...
À noite, tivemos um assado (churrascada) "à chilena", onde me encontrei com todos os que faltavam e que estavam cá em Santiago. (cá estao de férias e alguns estavam fora da cidade)
Nessa noite, fiquei doente e o dia seguinte, passei-o todo, qual eremita, enfiado em casa a recuperar... nao foi lá muito interessante...
Recuperada a saúde de ferro, velha companheira de tantas e tantas aventuras (bela chalaça hein?!), voltei a sair à rua, no meu terceiro dia de Chile. Demos umas voltas, ainda sempre pelos arredores, e à noite a malta juntou-se em casa do Keko para "pelar el cable" (descubram o significado e metam-se mais no que é ser chileno!).
Ontem foram os anos do Foyon e lá estivemos todos a celebrar!
Foi especial e muito bom, poder estar nos anos de um Porta tao amigo, na sua casa, com a sua familia e amigos...
Estes primeiros dias têm sido de reencontro e descoberta. Dias em que, aos poucos, vou conhecendo mais de onde vieram estes chilenos que de estranhos passaram a amigos e de amigos a irmaos...
Esta, é uma viagem de reencontro, de descoberta, de um novo começo... de um fortalecimento e amadurecimento de vinculos que unem coraçoes, que enchem almas... que duram uma vida... mesmo que a vida nos leve por caminhos que nos afastem.
Hoje é dia de missa, e ao fim da tarde vamos ao santuário. Vai ser muito giro ir á missa com eles, cá...
Ta muita bom... sinto-me bem...
PS: Devem ter percebido que faltam acentos. Este teclado nao tem "til" e por isso, marimbei um bocado nos outros todos...!
21 julho 2007
É já na 3ªfeira
Pois é!
É desta que me vou embora!
Vou tentar deixar por aqui, ecos do que por lá se passa...
Não prometo nada lol!
Beijinhos e abraços!
Até dia 22 de Setembro, escrevo lá de fora!
claro... tá muita bom!
É desta que me vou embora!
Vou tentar deixar por aqui, ecos do que por lá se passa...
Não prometo nada lol!
Beijinhos e abraços!
Até dia 22 de Setembro, escrevo lá de fora!
claro... tá muita bom!
26 junho 2007
Aqui e agora
O Amor não olha para trás. Mas também não olha demais para a frente...
O que há por lá, ainda não chegou. Não lhe conseguimos chegar e há de aparecer a seu tempo, quer se queira, quer não, seja bom ou seja mau.
Além disso, é aqui e agora que está a Vida, aquela que é verdadeiramente livre.
É aqui e agora que se constrói, que se caminha, que se procura.
Assim, amanhã caminhamos e procuramos, um bocadinho mais crescidos.
O Amor não olha para trás porque, é aqui e agora que mora o próximo.
É aqui e agora que se vive essa quase impossível aventura em que, saíndo de nós mesmos e abraçando o outro, damos de caras, de repente, com o nosso sorriso... cheio e pleno de felicidade.
O Amor não olha para trás, nem demais para a frente, porque é aqui e agora que nós estamos.
E onde nós estamos, é onde Ele nos quer amar...
Ontem conheci um senhor de 77 anos que parecia ter 50, de tão pleno e alegre que era...Hoje li um post de um amigo e percebi, um pouco mais, porquê.
Tá muita bom...
O que há por lá, ainda não chegou. Não lhe conseguimos chegar e há de aparecer a seu tempo, quer se queira, quer não, seja bom ou seja mau.
Além disso, é aqui e agora que está a Vida, aquela que é verdadeiramente livre.
É aqui e agora que se constrói, que se caminha, que se procura.
Assim, amanhã caminhamos e procuramos, um bocadinho mais crescidos.
O Amor não olha para trás porque, é aqui e agora que mora o próximo.
É aqui e agora que se vive essa quase impossível aventura em que, saíndo de nós mesmos e abraçando o outro, damos de caras, de repente, com o nosso sorriso... cheio e pleno de felicidade.
O Amor não olha para trás, nem demais para a frente, porque é aqui e agora que nós estamos.
E onde nós estamos, é onde Ele nos quer amar...
Ontem conheci um senhor de 77 anos que parecia ter 50, de tão pleno e alegre que era...Hoje li um post de um amigo e percebi, um pouco mais, porquê.
Tá muita bom...
Chile
Quando os conquistadores espanhóis lá chegaram, viram-se a braços com a tribo dos Mapuches.
Durante cerca de 300 anos, com largos períodos de tréguas, os espanhóis tentaram dominá-los, sem êxito. A coroa espanhola, chegou a reconhecer-lhes um certo nível de autonomia e foi só várias décadas depois da independência do Chile, que os bravos foram deslocados para reservas.
Chile...terra de largos horizontes...espíritos livres...grandes distâncias...explosão de vida natural...terra de corações guerreiros e nobres...
(...tudo bem...hoje em dia os chilenos têm mais de sangue europeu imigrado que outra coisa...mas é um retrato brutal à mesma...!)
Chile...
Um destino que me espera. O que vou lá encontrar?
Amigos...vários e bons...daqueles de uma vida inteira!
Sabores diferentes, cheiros diferentes, cores diferentes, sons diferentes, corações diferentes, olhos diferentes, vidas diferentes...coisas diferentes!
Uma explosão de Novo! E ao mesmo tempo, o tão saboroso reencontro com tanta coisa conhecida...
Chile...um lugar do qual tenho tantas saudades e onde nunca estive.
Mas, e mais?
Nem eu sei. Gostava de dar de caras comigo. Perguntar-me como vai a vida.
Encontrá-Lo a Ele e chegar a casa.
Vou eu, comigo, ao Chile, essa terra por quem espero há tanto tempo.
Vou eu, comigo, ao Chile, fechar um capítulo e abrir outro.
Vou eu, comigo, ao Chile, conhecer o lugar de onde vieram os que guardo no coração.
Chile...a terra do bom pisco!
Tá muita bom...!
Obrigado!
Durante cerca de 300 anos, com largos períodos de tréguas, os espanhóis tentaram dominá-los, sem êxito. A coroa espanhola, chegou a reconhecer-lhes um certo nível de autonomia e foi só várias décadas depois da independência do Chile, que os bravos foram deslocados para reservas.
Chile...terra de largos horizontes...espíritos livres...grandes distâncias...explosão de vida natural...terra de corações guerreiros e nobres...
(...tudo bem...hoje em dia os chilenos têm mais de sangue europeu imigrado que outra coisa...mas é um retrato brutal à mesma...!)
Chile...
Um destino que me espera. O que vou lá encontrar?
Amigos...vários e bons...daqueles de uma vida inteira!
Sabores diferentes, cheiros diferentes, cores diferentes, sons diferentes, corações diferentes, olhos diferentes, vidas diferentes...coisas diferentes!
Uma explosão de Novo! E ao mesmo tempo, o tão saboroso reencontro com tanta coisa conhecida...
Chile...um lugar do qual tenho tantas saudades e onde nunca estive.
Mas, e mais?
Nem eu sei. Gostava de dar de caras comigo. Perguntar-me como vai a vida.
Encontrá-Lo a Ele e chegar a casa.
Vou eu, comigo, ao Chile, essa terra por quem espero há tanto tempo.
Vou eu, comigo, ao Chile, fechar um capítulo e abrir outro.
Vou eu, comigo, ao Chile, conhecer o lugar de onde vieram os que guardo no coração.
Chile...a terra do bom pisco!
Tá muita bom...!
Obrigado!
11 junho 2007
Beira-mar...
Uma imensidão de beleza. O céu na terra. Tudo está em harmonia. Deus transborda de toda a criação. O silêncio fala...
Sou pequeno. Pequeno demais. Tenho frio.
Sinto-me só, mesmo acompanhado.
Ao meu redor, vejo o meu Pai reflectido em todas as coisas.
Sou o seu filho muito amado.
Ainda assim, a estrada é longa e os meus passos, curtos.
Não lhe vejo fim, e às vezes, sequer um propósito desvendo.
Choro... estou cansado... falta muito? Estou vazio... Dá-me de beber...! Uma gota que seja...!
E o Pai mostra-me o mar à minha frente. Lá, está a vida
"És livre. Eu amo-te. Faz-te ao largo. Constrói um barco. Eu traço a rota contigo."
Só que as ondas são grandes e os ventos, fortes! E o rumo, para parte incerta...
"Eu traço a rota contigo. Coragem... Eu estou aqui.
Reservei as melhores madeiras e a vela mais resistente para ti, porque Sou teu Pai.
Não vês à tua volta tantos dos teus irmãos, a zarpar também?
Dá o salto! Mergulha nas ondas! Vence o tenebroso! Navega! Vive a aventura!
Deixa-me levar-te comigo... pegar-te ao colo...
Vem viver no meu Amor...! Vem ser amado...!
A escolha é tua... és livre. Eu assim o quis.
A escolha é tua... confia em Mim...
Fecha os olhos... dá-me a tua mão... acalma-te... respira fundo... sente a maresia...
Vá, não tenhas medo...! 'tá muita bom...! 'tamos juntos... Eu vou contigo!"
Pois é...
Está nas minhas mãos. Está nas tuas mãos. Está nas nossas mãos...
Zarpemos...?
Sou pequeno. Pequeno demais. Tenho frio.
Sinto-me só, mesmo acompanhado.
Ao meu redor, vejo o meu Pai reflectido em todas as coisas.
Sou o seu filho muito amado.
Ainda assim, a estrada é longa e os meus passos, curtos.
Não lhe vejo fim, e às vezes, sequer um propósito desvendo.
Choro... estou cansado... falta muito? Estou vazio... Dá-me de beber...! Uma gota que seja...!
E o Pai mostra-me o mar à minha frente. Lá, está a vida
"És livre. Eu amo-te. Faz-te ao largo. Constrói um barco. Eu traço a rota contigo."
Só que as ondas são grandes e os ventos, fortes! E o rumo, para parte incerta...
"Eu traço a rota contigo. Coragem... Eu estou aqui.
Reservei as melhores madeiras e a vela mais resistente para ti, porque Sou teu Pai.
Não vês à tua volta tantos dos teus irmãos, a zarpar também?
Dá o salto! Mergulha nas ondas! Vence o tenebroso! Navega! Vive a aventura!
Deixa-me levar-te comigo... pegar-te ao colo...
Vem viver no meu Amor...! Vem ser amado...!
A escolha é tua... és livre. Eu assim o quis.
A escolha é tua... confia em Mim...
Fecha os olhos... dá-me a tua mão... acalma-te... respira fundo... sente a maresia...
Vá, não tenhas medo...! 'tá muita bom...! 'tamos juntos... Eu vou contigo!"
Pois é...
Está nas minhas mãos. Está nas tuas mãos. Está nas nossas mãos...
Zarpemos...?
04 junho 2007
Época de exames
Há mais de um mês que não escrevo
Nem sequer um par de linhas
Não conto histórias, ilusões
Não falo de coisas minhas
Não é que não queira
Ou porque não me atrevo.
Nem por falta de maneira
Ou assunto de relevo.
É sim por estar refém
Da vil patologia
Que me trata com desdém
E me leva a alegria
Corta a ligeireza
E o fio do pensamento
E rouba-me a destreza
Tudo num momento
Padeço pois, no dia-a-dia
Dessa enferma condição
Que às ideias atrofia
E lhes rouba a emoção!
O mal é estudantil
E sempre sasonal
Tem nos livros o covil
E o perfil é infernal
Ai de mim, pobre doente
Dessa gripe das ideias
Que abafa o eloquoente
E gela o sangue nas veias
E por isso aqui vos peço
Rogai por este condenado
Que não sabe o que é sucesso
E da sorte é enteado.
Nem sequer um par de linhas
Não conto histórias, ilusões
Não falo de coisas minhas
Não é que não queira
Ou porque não me atrevo.
Nem por falta de maneira
Ou assunto de relevo.
É sim por estar refém
Da vil patologia
Que me trata com desdém
E me leva a alegria
Corta a ligeireza
E o fio do pensamento
E rouba-me a destreza
Tudo num momento
Padeço pois, no dia-a-dia
Dessa enferma condição
Que às ideias atrofia
E lhes rouba a emoção!
O mal é estudantil
E sempre sasonal
Tem nos livros o covil
E o perfil é infernal
Ai de mim, pobre doente
Dessa gripe das ideias
Que abafa o eloquoente
E gela o sangue nas veias
E por isso aqui vos peço
Rogai por este condenado
Que não sabe o que é sucesso
E da sorte é enteado.
20 abril 2007
O lugar onde o Sol brilha sempre, mesmo se chove...
Gritos, brados, ecos e laivos.
Anseios, impulsos, vôos e choros.
Lamentos, alegrias, glórias e tormentos.
Explosões, implosões, esperas e tensões.
São estas as coisas, de entre as outras as melhores, que o coração usa para nos empurrar para aquela vida livre que tanto nos foge...
Aquela vida em que o Sol brilha mesmo se chove.
Aquela vida em que nunca se está vivo só porque há mais ar para respirar.
São estas as coisas, de entre as outras as melhores, que o coração usa para nos vencer...
Para que tenhamos a coragem de ouvir o nosso silêncio e descobrir a serena Paz, a profunda Alegria, o infinito Amor, nesse cantinho só nosso do tamanho do mundo inteiro, em que o Sol brilha sempre, mesmo quando chove e onde somos maiores que o mundo.
Em que estamos, numa palavra, tranquilos...e dizemos com a voz do coração, de alma vibrante, olhos bem abertos e sereno sorriso: ya...tá muita bom...obrigado...!
Anseios, impulsos, vôos e choros.
Lamentos, alegrias, glórias e tormentos.
Explosões, implosões, esperas e tensões.
São estas as coisas, de entre as outras as melhores, que o coração usa para nos empurrar para aquela vida livre que tanto nos foge...
Aquela vida em que o Sol brilha mesmo se chove.
Aquela vida em que nunca se está vivo só porque há mais ar para respirar.
São estas as coisas, de entre as outras as melhores, que o coração usa para nos vencer...
Para que tenhamos a coragem de ouvir o nosso silêncio e descobrir a serena Paz, a profunda Alegria, o infinito Amor, nesse cantinho só nosso do tamanho do mundo inteiro, em que o Sol brilha sempre, mesmo quando chove e onde somos maiores que o mundo.
Em que estamos, numa palavra, tranquilos...e dizemos com a voz do coração, de alma vibrante, olhos bem abertos e sereno sorriso: ya...tá muita bom...obrigado...!
15 março 2007
Coisas
Vôos e aventuras, amores e torturas
Feridas e dores, cânticos e louvores
Coisas vivas ou de ontem
Coisas várias, de muitas cores
Coisas da vida, coisas dos outros
Coisas de dar, coisas de dentro
De todas estas coisas
Que me invadem o coração
Há uma pior que as outras
É a desilusão…
escrito a 02.12.2006
Feridas e dores, cânticos e louvores
Coisas vivas ou de ontem
Coisas várias, de muitas cores
Coisas da vida, coisas dos outros
Coisas de dar, coisas de dentro
De todas estas coisas
Que me invadem o coração
Há uma pior que as outras
É a desilusão…
escrito a 02.12.2006
Aquela verdade de sempre...
A vida vive-se de sorriso na cara.
Ponto final.
Haja o que houver
Doa o que doer
Venha o que vier
A andar ou a correr.
A chorar, a dormir
A chegar ou a partir
Haja paz ou confusão
Porque sim ou com razão.
A vida vive-se de sorriso na cara.
Faça sol ou mesmo chuva
Não interessa, tem de ser
A vida espera, mas não pára.
A vida encontra-se de sorriso na cara.
Ponto final.
Haja o que houver
Doa o que doer
Venha o que vier
A andar ou a correr.
A chorar, a dormir
A chegar ou a partir
Haja paz ou confusão
Porque sim ou com razão.
A vida vive-se de sorriso na cara.
Faça sol ou mesmo chuva
Não interessa, tem de ser
A vida espera, mas não pára.
A vida encontra-se de sorriso na cara.
08 março 2007
Tranquilo...
Sabes quando te apetece abraçar a vida inteira...?
Aquelas alturas em que vês alguém amigo e apetece-te abraçá-lo de coração aberto. Não interessa porquê. Nem sabes sequer porque é que te apetece.
Apetece-te...pronto!
Aquelas alturas em que respiras e expiras e dizes "ya...tá muita bom...!". E nem sequer te aconteceu nada de especial. Não ganhaste a lotaria. Não estás eufórico. Secalhar até tás cansado, com mais trabalho pela frente. Mas, sem conseguires perceber porquê, bem lá dentro, "ya...tá muita bom...!". Porque sim...! Aquelas alturas em que respondes, de sorriso na cara, às vozes tristes do teu silêncio: "eh pá...tudo bem...mas tá muita bom...!"
São alturas em que o coração bate e tu ouves. Estás vivo e isso tá muita bom...
Amanhã há mais trabalho, mais correria: "ya...tá muita bom..."
Tou numa dessas alturas. Apetece-me abraçar os que levo dentro...porque sim...! Não se passa nada de especial. Estou apreensivo com o que tenho pela frente. Até ando meio cansado. Cheio de trabalho pela frente, que me faz lidar com alguns dos meus maiores desafios interiores. Mas, advinha...?
Ya...tá muita bom...!
Aquelas alturas em que vês alguém amigo e apetece-te abraçá-lo de coração aberto. Não interessa porquê. Nem sabes sequer porque é que te apetece.
Apetece-te...pronto!
Aquelas alturas em que respiras e expiras e dizes "ya...tá muita bom...!". E nem sequer te aconteceu nada de especial. Não ganhaste a lotaria. Não estás eufórico. Secalhar até tás cansado, com mais trabalho pela frente. Mas, sem conseguires perceber porquê, bem lá dentro, "ya...tá muita bom...!". Porque sim...! Aquelas alturas em que respondes, de sorriso na cara, às vozes tristes do teu silêncio: "eh pá...tudo bem...mas tá muita bom...!"
São alturas em que o coração bate e tu ouves. Estás vivo e isso tá muita bom...
Amanhã há mais trabalho, mais correria: "ya...tá muita bom..."
Tou numa dessas alturas. Apetece-me abraçar os que levo dentro...porque sim...! Não se passa nada de especial. Estou apreensivo com o que tenho pela frente. Até ando meio cansado. Cheio de trabalho pela frente, que me faz lidar com alguns dos meus maiores desafios interiores. Mas, advinha...?
Ya...tá muita bom...!
Red-Bull
Estou cansado, de cabeça cheia.
Sinto o corpo pesado, os olhos a fechar.
Mas não posso, não há tempo.
Há muito por fazer.
Amanhã arranco outra vez.
E levanto vôo.
Sinto tudo o que sentia antes.
Mas vejo sentido, sou embalado.
Já não estou pesado.
Pegaram-me ao colo...
A música toca, simples, serena, to the point.
Pergunta-me onde vou. Manda-me estar quieto.
Estou fora de tudo, longe do barulho.
Estou aqui, mais do que antes.
Sinto a Paz, o Eterno Gozo, o meu Pai.
São assim os miminhos de Deus.
É assim o red-bull da alma...
Amanhã há mais barulho.
Estou cansado, de coração cheio.
Sou bem-aventurado.
Sou bem-aventurado.
26 fevereiro 2007
Hermana Duda
...naquelas alturas em que a vida é um mar de perguntas e só vemos encruzilhadas pela frente...! Aquelas alturas em que a dúvida não nos larga nem por um segundo e as respostas tardam em chegar. Aquelas alturas em que a incerteza, de tão constante que é, se torna confidente e companheira...
"no tengo a quien rezarle
pidiendo luz,
ando tanteando el espacio a ciegas
no me malinterpreten
no estoy quejándome,
soy jardinero de mis dilemas
hermana duda,
pasaran los años
cambiarán las modas
vendrán otras guerras
perderán los mismos
y ojalá que tu
sigas teniéndome a tiro.
pero esta noche,
hermana duda
hermana duda,
dame un respiro.
no tengo a quien culpar que no sea yo
con mi reguero
de cabos sueltos
no me malinterpreten,
lo llevo bien,
o por lo menos hago el intento.
hermana duda,
pasarán los discos
subirán las aguas
cambiarán las crisis,
pagarán los mismos
y ojalá que tu
sigas mordiendo mi lengua.
pero esta noche,
hermana duda
hermana duda,
dame una tregua."
Jorge Drexler - Hermana Duda
"no tengo a quien rezarle
pidiendo luz,
ando tanteando el espacio a ciegas
no me malinterpreten
no estoy quejándome,
soy jardinero de mis dilemas
hermana duda,
pasaran los años
cambiarán las modas
vendrán otras guerras
perderán los mismos
y ojalá que tu
sigas teniéndome a tiro.
pero esta noche,
hermana duda
hermana duda,
dame un respiro.
no tengo a quien culpar que no sea yo
con mi reguero
de cabos sueltos
no me malinterpreten,
lo llevo bien,
o por lo menos hago el intento.
hermana duda,
pasarán los discos
subirán las aguas
cambiarán las crisis,
pagarán los mismos
y ojalá que tu
sigas mordiendo mi lengua.
pero esta noche,
hermana duda
hermana duda,
dame una tregua."
Jorge Drexler - Hermana Duda
22 fevereiro 2007
Tá muita bom...?!
Eram dez da manhã...Tinha dormido umas seis ou sete horas...
Estava na cama, a ser dilacerado por duas forças antagónicas.
De um lado uma vozinha na cabeça, a motivar-me, a obrigar-me a levantar.
Do outro, o quentinho da cama, o sono e o silêncio da manhã.
O duelo foi agonizante e eu uma casca de noz à merçê de dois titãs.
Levantei-me...mas o desafio ainda não tinha acabado...
Fui para o banho. Outro titã. Um banho quentinho, um suave despertar.
Mas hoje não! Hoje tinha uma missão! Segundo desafio vencido. A partir daí, era só manter o ritmo.
Vesti-me, meti-me na mota, "bom dia Duque", saí de casa! Ainda tinha cinco minutos, a estrada não estava muito molhada, o trânsito estava pacífico, não ia chover. Estava no papo!
Fiz-me à estrada. Em menos de 15mins estava na faculdade. Eram só 11.07!
Entrei na sala e...vazia. ESTAVA VAZIA!!! LITERALMENTE!!! NEM SEQUER UMA MOSQUINHA!!! NEM UM AVISO A DIZER QUE TINHAM MUDADO DE SALA NEM NADA!!!
PURA E SIMPLESMENTE....PUF!!! CHAPÉU!!!
DIGAM-ME!!! TÁ MUITA BOM?!
Sim...primeiro dia de aulas depois das férias de carnaval. E sim, tá muita bom porque venci o desafio à mesma. Venci-me a mim mesmo...
MAS CUSTAVA ALGUMA COISA HAVER AULA?!?!?!?! NEM QUE FOSSE PA DIZER OLÁ!!! É QUE JÁ NÃO ESTAMOS NA PRIMEIRA SEMANA!!! SAÍ DE CASA SEM PEQUENO ALMOÇO!!! NIX!!!!
Só a mim....!
Estava na cama, a ser dilacerado por duas forças antagónicas.
De um lado uma vozinha na cabeça, a motivar-me, a obrigar-me a levantar.
Do outro, o quentinho da cama, o sono e o silêncio da manhã.
O duelo foi agonizante e eu uma casca de noz à merçê de dois titãs.
Levantei-me...mas o desafio ainda não tinha acabado...
Fui para o banho. Outro titã. Um banho quentinho, um suave despertar.
Mas hoje não! Hoje tinha uma missão! Segundo desafio vencido. A partir daí, era só manter o ritmo.
Vesti-me, meti-me na mota, "bom dia Duque", saí de casa! Ainda tinha cinco minutos, a estrada não estava muito molhada, o trânsito estava pacífico, não ia chover. Estava no papo!
Fiz-me à estrada. Em menos de 15mins estava na faculdade. Eram só 11.07!
Entrei na sala e...vazia. ESTAVA VAZIA!!! LITERALMENTE!!! NEM SEQUER UMA MOSQUINHA!!! NEM UM AVISO A DIZER QUE TINHAM MUDADO DE SALA NEM NADA!!!
PURA E SIMPLESMENTE....PUF!!! CHAPÉU!!!
DIGAM-ME!!! TÁ MUITA BOM?!
Sim...primeiro dia de aulas depois das férias de carnaval. E sim, tá muita bom porque venci o desafio à mesma. Venci-me a mim mesmo...
MAS CUSTAVA ALGUMA COISA HAVER AULA?!?!?!?! NEM QUE FOSSE PA DIZER OLÁ!!! É QUE JÁ NÃO ESTAMOS NA PRIMEIRA SEMANA!!! SAÍ DE CASA SEM PEQUENO ALMOÇO!!! NIX!!!!
Só a mim....!
13 fevereiro 2007
Loucos de Lisboa
Quando cá dentro algo nos empurra
Quando cá dentro ardemos sem cessar
Damos um passo às cegas e a rezar pedimos
Forças para acreditar
Mesmo não sabendo o que dizer
E na certeza de que não temos jeito
Saímos à rua e vamos caminhando
De sorriso e cruz ao peito
Somos loucos de Lisboa
E andamos a missionar
Queremos dar testemunho
Da fé que nos faz amar
Levar a Luz é o nosso ideal
É uma aventura que nos desafia
A dar tudo o que temos e a mudar o mundo
Numa entrega a Maria
Vamos por aí, por todo o lado
Onde quer que Deus nos queira ver
E a servir, a rezar, sempre a navegar
Aprendemos a viver
Somos loucos de Lisboa
E andamos a missionar
Queremos dar testemunho
Da fé que nos faz amar
Música "Loucos de Lisboa"
Letra escrita nas missões de Estremoz '05
acabado a 13.02.2007...diz q ficou meio esquecida...!
Quando cá dentro ardemos sem cessar
Damos um passo às cegas e a rezar pedimos
Forças para acreditar
Mesmo não sabendo o que dizer
E na certeza de que não temos jeito
Saímos à rua e vamos caminhando
De sorriso e cruz ao peito
Somos loucos de Lisboa
E andamos a missionar
Queremos dar testemunho
Da fé que nos faz amar
Levar a Luz é o nosso ideal
É uma aventura que nos desafia
A dar tudo o que temos e a mudar o mundo
Numa entrega a Maria
Vamos por aí, por todo o lado
Onde quer que Deus nos queira ver
E a servir, a rezar, sempre a navegar
Aprendemos a viver
Somos loucos de Lisboa
E andamos a missionar
Queremos dar testemunho
Da fé que nos faz amar
Música "Loucos de Lisboa"
Letra escrita nas missões de Estremoz '05
acabado a 13.02.2007...diz q ficou meio esquecida...!
Foi um bando de 27
Foi um bando de 27 que chegou a Arraiolos.
Foi um bando de 27 que a virou do avesso.
Foi um bando de 27 que ganhou uma escola inteira.
Foi um bando de 27 que sobrelotou o cine-teatro.
Foi um bando de 27 que marcou o ATL.
Foi um bando de 27 que encheu uma vigília.
Foi um bando de 27 que levou côr a um lar.
Foi um bando de 27 que dançou no Além-Mar.
Foi um bando de 27 que marcou aquela vila.
Foi um bando de 26 que me encheu o coração...
Foi um bando de 27 que deu tudo o que tinha.
Foi um bando de 27 que partiu em missão.
Foi um bando de 27 que saiu à rua de coração e cruz ao peito.
Foi um bando de 27 que saiu à rua, falou de Amor.
Foi um bando de 27 que venceu medos, abriu portas, sonhou mais longe.
Foi um bando de 26 que me encheu o coração...
Foi um bando de 27 que a virou do avesso.
Foi um bando de 27 que ganhou uma escola inteira.
Foi um bando de 27 que sobrelotou o cine-teatro.
Foi um bando de 27 que marcou o ATL.
Foi um bando de 27 que encheu uma vigília.
Foi um bando de 27 que levou côr a um lar.
Foi um bando de 27 que dançou no Além-Mar.
Foi um bando de 27 que marcou aquela vila.
Foi um bando de 26 que me encheu o coração...
Foi um bando de 27 que deu tudo o que tinha.
Foi um bando de 27 que partiu em missão.
Foi um bando de 27 que saiu à rua de coração e cruz ao peito.
Foi um bando de 27 que saiu à rua, falou de Amor.
Foi um bando de 27 que venceu medos, abriu portas, sonhou mais longe.
Foi um bando de 26 que me encheu o coração...
10 fevereiro 2007
Cheguei!!!
Cheguei!!! Cheguei!!! Cheguei!!!
Estou eufórico!!! Obrigado!!!
Tantas coisas...tantas coisas....muito que escrever...
Tá mesmo, mesmo muita bom...e mais q isso, tá vivo!!!
E para juntar à festa, sou tio!!!!
Estou eufórico!!! Obrigado!!!
Tantas coisas...tantas coisas....muito que escrever...
Tá mesmo, mesmo muita bom...e mais q isso, tá vivo!!!
E para juntar à festa, sou tio!!!!
06 fevereiro 2007
Arraiolos 2007
E aqui estou eu! Em plena vila de Arraiolos, na biblioteca municipal.
Estou em missões...estou entregue a esta aventura, a este sonho de construir a Missão País!
Esta é a minha oitava, nona ou décima missão, se contarmos com Angola. E, ainda assim, sinto-me fresco e com uma semana em grande pela frente! É motivo para dar graças a Deus...
Bom...estou meio apressado! Tenho de ir! Hei-de voltar a falar disto!
Tá muita bom...tá mesmo muita bom...!
Ah! A semana passada tiveram cá os meus irmãos chilenos! Também voltarei a falar nisto!
Estou em missões...estou entregue a esta aventura, a este sonho de construir a Missão País!
Esta é a minha oitava, nona ou décima missão, se contarmos com Angola. E, ainda assim, sinto-me fresco e com uma semana em grande pela frente! É motivo para dar graças a Deus...
Bom...estou meio apressado! Tenho de ir! Hei-de voltar a falar disto!
Tá muita bom...tá mesmo muita bom...!
Ah! A semana passada tiveram cá os meus irmãos chilenos! Também voltarei a falar nisto!
14 janeiro 2007
I shall not walk alone
"Battered and torn
Still I can see the light
Tattered and worn
But I must kneel to fight
Friend of mine
What can't you spare
I know sometimes
It gets cold in there
When my legs no longer carry
And the warm wind chills my bones
I reach for Mother Mary
And I shall not walk alone
Hope is alive
While we're apart
Only tears
speak from my heart
Break the chains
That hold us down
And we shall be
Forever bound
When I'm tired and weary
And a long way from home
I reach for Mother Mary
And I shall not walk alone
Beauty that
We left behind
How shall we
Tomorrow find
Set aside
Our weight in sin
So that we
Can live again
When my legs no longer carry
And the warm wind chills my bones
I reach for Mother Mary
and I shall not walk alone"
Ben Harper - I shall not walk alone
Still I can see the light
Tattered and worn
But I must kneel to fight
Friend of mine
What can't you spare
I know sometimes
It gets cold in there
When my legs no longer carry
And the warm wind chills my bones
I reach for Mother Mary
And I shall not walk alone
Hope is alive
While we're apart
Only tears
speak from my heart
Break the chains
That hold us down
And we shall be
Forever bound
When I'm tired and weary
And a long way from home
I reach for Mother Mary
And I shall not walk alone
Beauty that
We left behind
How shall we
Tomorrow find
Set aside
Our weight in sin
So that we
Can live again
When my legs no longer carry
And the warm wind chills my bones
I reach for Mother Mary
and I shall not walk alone"
Ben Harper - I shall not walk alone
Something inside so strong
Aqui fica a letra de uma música tão cheia de Verdade.
Lembra-me a "Chile House" e esses tempos de Vida.
Lembra-me um grupo de missionários e uma noite de oração em especial. Não conheço o autor. Cantei-a no casamento da minha irmã com um coro enorme.
Tirando o nervoso, foi brutal!
"The higher you build your barriers
The taller I become
The farther you take my rights away
The faster I will run
You can deny me
You can decide to turn your face away
No matter, 'cause there's...
Something inside so strong
I know that I can make it
'Thoug you're doing me wrong, so wrong
You thought that my pride was gone Oh no!
There's something inside so strong
Something inside so strong
The more you refuse to hear my voice
The louder I will sing
You hide behind the walls of Jericho
Your lies will come tumbling
Deny my place in time
You squander wealth that's mine
My light will shine so brightly, it will blind you
Because there's...
Something inside so strong
I know that I can make it
Thoug you're doing me wrong, so wrong
You thought that my pride was gone. Oh no!
There's something inside so strong
Something inside so strong
Brothers and sisters
When they insist we're just not good enough
What do do then? We look'em in the eyes and say
We're gonna do it anyway! We're gonna do it anyway!
Something inside so strong
I know that I can make it
Thoug you're doing me wrong, so wrong
You thought that my pride was gone. Oh no!
There's something inside so strong
Something inside so strong"
Lembra-me a "Chile House" e esses tempos de Vida.
Lembra-me um grupo de missionários e uma noite de oração em especial. Não conheço o autor. Cantei-a no casamento da minha irmã com um coro enorme.
Tirando o nervoso, foi brutal!
"The higher you build your barriers
The taller I become
The farther you take my rights away
The faster I will run
You can deny me
You can decide to turn your face away
No matter, 'cause there's...
Something inside so strong
I know that I can make it
'Thoug you're doing me wrong, so wrong
You thought that my pride was gone Oh no!
There's something inside so strong
Something inside so strong
The more you refuse to hear my voice
The louder I will sing
You hide behind the walls of Jericho
Your lies will come tumbling
Deny my place in time
You squander wealth that's mine
My light will shine so brightly, it will blind you
Because there's...
Something inside so strong
I know that I can make it
Thoug you're doing me wrong, so wrong
You thought that my pride was gone. Oh no!
There's something inside so strong
Something inside so strong
Brothers and sisters
When they insist we're just not good enough
What do do then? We look'em in the eyes and say
We're gonna do it anyway! We're gonna do it anyway!
Something inside so strong
I know that I can make it
Thoug you're doing me wrong, so wrong
You thought that my pride was gone. Oh no!
There's something inside so strong
Something inside so strong"
Onde vamos?
Sentir-me em casa, mais nada
Só quero isso, o meu segredo
Sentir-me em casa, mais nada
É tudo o que preciso
Mas a estrada não acaba
Não vejo fim, sempre a caminho
Procuro e não encontro
Não posso descansar
Devagar lá vou andando
Sozinho nesse rumo
Só faz sentido andar em frente
Mas até quando? Até quando?
É já ali ou falta tempo?
Continuar! Será que aguento?
Só faz sentido andar em frente
Todos os dias, de cada vez
Mas a estrada não acaba
Não vejo fim, sempre a caminho
Até quando? Falta tempo?
Não serás o meu tormento!
Nalgum lado terei casa
Um lugar que de mim precise
Diz o Silêncio bem cá dentro
Só quero dizer "cheguei"
E perguntar "onde vamos?"
Só quero isso, o meu segredo
Sentir-me em casa, mais nada
É tudo o que preciso
Mas a estrada não acaba
Não vejo fim, sempre a caminho
Procuro e não encontro
Não posso descansar
Devagar lá vou andando
Sozinho nesse rumo
Só faz sentido andar em frente
Mas até quando? Até quando?
É já ali ou falta tempo?
Continuar! Será que aguento?
Só faz sentido andar em frente
Todos os dias, de cada vez
Mas a estrada não acaba
Não vejo fim, sempre a caminho
Até quando? Falta tempo?
Não serás o meu tormento!
Nalgum lado terei casa
Um lugar que de mim precise
Diz o Silêncio bem cá dentro
Só quero dizer "cheguei"
E perguntar "onde vamos?"
08 janeiro 2007
AMAR!!!
Amar é preciso!
Amar é voar!
Amar é nascer!
Amar é chorar!
O amor é jogo de conquista
É ser pavão e companhia
Não há ninguém que lhe resista
É doce e terna agonia
É aposta, risco e entrega
Magoa, destrói, reconstrói
É cego, dizia o poeta
Inflama tanto que dói
Traz vida e plenitude
Torna inteira a metade
Traz mudança de atitude
Traz lágrimas de saudade
E com esses pobres românticos
Gente na qual me encontro
Joga o agri-doce xadrez
Canta o fado do desencontro
Mas, se não fosse este amor
E aquele outro, a amizade
Hoje pouco saberia
De Amor e Caridade
Amar é preciso!
Amar é voar!
Amar é nascer!
Amar é chorar!
Amar é Viver!
Amar é voar!
Amar é nascer!
Amar é chorar!
O amor é jogo de conquista
É ser pavão e companhia
Não há ninguém que lhe resista
É doce e terna agonia
É aposta, risco e entrega
Magoa, destrói, reconstrói
É cego, dizia o poeta
Inflama tanto que dói
Traz vida e plenitude
Torna inteira a metade
Traz mudança de atitude
Traz lágrimas de saudade
E com esses pobres românticos
Gente na qual me encontro
Joga o agri-doce xadrez
Canta o fado do desencontro
Mas, se não fosse este amor
E aquele outro, a amizade
Hoje pouco saberia
De Amor e Caridade
Amar é preciso!
Amar é voar!
Amar é nascer!
Amar é chorar!
Amar é Viver!
Livre!
Às vezes
Sou de mim prisioneiro
Às vezes
Fico refém do coração
Às vezes
Sofro o peso de mim mesmo
Às vezes
Vivo a solidão
Às vezes
Às vezes
Sinto-me solto e tudo vibra
Caminho leve, transbordo vida
Tudo é simples e pleno
Às vezes
E assim, à vez, vou navegando
De velas cheias, a remar
No mar calmo, tempestade
Ora barco, farol ou destroço
À procura de porto, escarpa ou sentido
E vencer o tenebroso
Mas antes zarpar que ser medroso
Digo cá dentro assim baixinho
Tentar o eterno Gozo
Antes isso que ser mesquinho
Ser Homem antes de pó
Morrer conTigo em vez de só
Ser livre!
Sou de mim prisioneiro
Às vezes
Fico refém do coração
Às vezes
Sofro o peso de mim mesmo
Às vezes
Vivo a solidão
Às vezes
Às vezes
Sinto-me solto e tudo vibra
Caminho leve, transbordo vida
Tudo é simples e pleno
Às vezes
E assim, à vez, vou navegando
De velas cheias, a remar
No mar calmo, tempestade
Ora barco, farol ou destroço
À procura de porto, escarpa ou sentido
E vencer o tenebroso
Mas antes zarpar que ser medroso
Digo cá dentro assim baixinho
Tentar o eterno Gozo
Antes isso que ser mesquinho
Ser Homem antes de pó
Morrer conTigo em vez de só
Ser livre!
02 janeiro 2007
Há uma música do povo...
"Há uma música do povo
Nem sei dizer se é um fado
Que ouvindo-a há um ritmo novo
No ser que tenho guardado...
Ouvindo-a sou quem seria
Se desejar fosse ser...
É uma simples melodia
Das que se aprendem a viver...
E ouço-a embalado e sozinho
É isso mesmo que eu quis
Perdi a fé e o caminho
Quem não fui é que é feliz
Mas é tão consoladora
A vaga e triste canção
Que a minha alma já não chora
Nem eu tenho coração
Sou uma emoção estrangeira
Um erro de sonho ido
Canto de qualquer maneira
E acabo com um sentido"
Fernando Pessoa (cantado pela Mariza)
Nem sei dizer se é um fado
Que ouvindo-a há um ritmo novo
No ser que tenho guardado...
Ouvindo-a sou quem seria
Se desejar fosse ser...
É uma simples melodia
Das que se aprendem a viver...
E ouço-a embalado e sozinho
É isso mesmo que eu quis
Perdi a fé e o caminho
Quem não fui é que é feliz
Mas é tão consoladora
A vaga e triste canção
Que a minha alma já não chora
Nem eu tenho coração
Sou uma emoção estrangeira
Um erro de sonho ido
Canto de qualquer maneira
E acabo com um sentido"
Fernando Pessoa (cantado pela Mariza)
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