17 setembro 2012

crise...? qual crise...?!

mulher, disseram que não eram tempos de amor,
que de todos os luxos o casamento é o pior,
mas eles não lembram que o que é para sempre,
está sempre em promoção,
para os filhos da ressurreição!

mulher, disseram que não era tempo de ter filhos,
e de todos, as crianças são os piores sarilhos,
mas eles não lembram, que a multiplicação,
é a mais simples operação,
para os filhos da ressurreição!


Filhos da Ressurreição - Lacraus

13 setembro 2012

Economia Chinesa afinal é da loja do chinês?

Guang Niu // Guetty Images
"For decades, experts have been predicting a crash in China.
They warned that the centrally planned, export-dependent economy, could not sustain itself year after year.
But through multiple crises, China has motored along, lifting hundreds of millions of people out of poverty in the process.

But things appear to be different this time. Corporate profits are tanking, and the Shanghai Composite is at the same levels it was during the depths of the 2008-2009 crash. A hard landing has hit the corporate sector."

12 setembro 2012

Isle of Man TT Races, ou...


...a Ilha do Homem, quando o Homem torra o fusível.

A grande Castela afinal é castelo de cartas?



Leões às portas.


Duas notícias hoje. 
Tribunal constitucional alemão aprova um mecanismo de estabilidade europeia. Um passo débil na direcção da entre-ajuda na Europa.
Embaixador americano na Líbia morto em ataques à embaixada. No mesmo dia, a embaixada americana no Egipto também foi atacada.

Espectáculo... passos débeis, no meio de turbulência que destrói a ideia de união na Europa e do outro lado do mar, a balança a pender para a avalanche do Islão agressivo e extremista. Os europeus a achar que não precisam uns dos outros enquanto os leões se juntam às portas.

06 setembro 2012

«O senhor não daria banho a um leproso nem por um milhão de dólares? Eu também não. Só por amor se pode dar banho a um leproso.»

Madre Teresa de Calcutá

04 setembro 2012

Náufragos que navegam tempestades.


por José Luis Nunes Martins, investigador.
i-online, 1 Setembro 2012


"As tempestades são sempre períodos longos. Poucas pessoas gostam de falar destes momentos em que a vida se faz fria e anoitece, preferem histórias de praias divertidas às das profundas tragédias de tantos naufrágios que são, afinal, os verdadeiros pilares da nossa existência.
Gente vazia tende a pensar em quem sofre como fraco... quando fracos são os que evitam a qualquer custo mares revoltos, tempestades em que qualquer um se sente minúsculo, mas só os que não prestam o são verdadeiramente. Para a gente de coração pequeno, qualquer dor é grande. Os homens e mulheres que assumem o seu destino sabem que, mais cedo ou mais tarde, morrerão, mas há ainda uma decisão que lhes cabe: desviver a fugir ou morrer sofrendo para diante.
Da morte saímos, para a morte caminhamos. O que por aqui sofremos pode bem ser a forma que temos de nos aproximarmos do coração da verdade.
Haverá sempre quem seja mestre de conversas e valente piloto de naus alheias, os que sabem sempre tudo, principalmente o que é (d)a vida do outro, e mais especificamente se estiver a passar um mau bocado. Logo se apressam a dizer que depois da tempestade vem a bonança, e que elas são tão fortes quanto passageiras... sem cuidarem de entender, ou se lembrarem sequer, que quem está a sofrer sente profundamente cada pinga de chuva que lhe molha e estraga o presente e os sonhos... e que depois de um pingo de chuva vem, quase sempre, outro e outro... e só um pingo será o último...
As tragédias tendem a suceder-se mais do que a intercalar-se. Há quem viva uma vida inteira sem grande motivo para sorrir. Sem nunca ser feliz. Mas esse é, precisamente, alguém que merece mais do que os demais a admiração dos seus semelhantes. Admiração, porque heróis não são os que passam a vida a festejar, mas os que, ainda que cheios de frio, em noites escuras de trovoada, podendo até morrer à espera da manhã, acolhem a dor e a tristeza como coisas suas e vivem, apesar de tudo. De tudo. Com uma certeza: tudo tem sentido, mesmo quando não se sabe qual é.
Há homens e mulheres que passam as suas noites em desgraça viva e desperta, e enquanto os outros dormem, vêem o nascer do sol e sonham... bastando- -lhes, por vezes, apenas um breve pedaço de vento na face, que sentem como um beijo, para que mais forças apareçam de onde não as havia, e se enfrente ainda mais um dia, sofrendo, doendo, mas vivendo.
A tristeza, que tantas vezes se combate, é um estado de alma mais denso e puro do que se costuma considerar. É mais real. Fugir dele será fugir do duro caminho que nos fará caminhar felizes, ainda que por entre incontáveis sofrimentos, aparentemente sem sentido.
Os antigos acreditavam em deuses que invejavam os homens que, mortais, viviam sem que o medo da morte os fizesse recuar. Acreditavam também que não há vitória sem superação dos obstáculos, não há glória na fuga, nem na desgraça alheia. Hoje, as gentes pensam de forma bem diferente. Dizem que basta, que há que reagir, para não nos deixarmos ir abaixo, que os momentos menos bons devem ser apenas oportunidades para o sucesso e outras tontices do mesmo nível. O sofrimento é muitas vezes maior, e mais honroso, precisamente porque quase ninguém quer saber do que sente quem sofre, até porque, sendo partilhável, é contagioso... Mas dois heróis serão sempre mais do que um e nenhum deles está só.
Se o leitor conhece alguém que sofre, sente-se ou deite-se ao seu lado e, sempre em silêncio, deixe-se ficar.
A dor aproxima-nos da perfeição."