23 abril 2013

22 abril 2013

Equidades e Falácias

Isto é que desigualdade: desempregados da função pública são apenas 1,9% do total

por Henrique Raposo
no Expresso Online


"As falácias do Tribunal Constitucional (TC) não se esquecem. Faz sentido, sim senhor, falar na "falta de equidade" entre trabalhadores dos sectores privados e a função pública. Mas o sentido da "falta de equidade" não é aquele que foi dado pelos juízes. Porque é que a ADSE tem sido um privilégio da função pública? Ou seja, por que razão a melhor parte do SNS pertence somente a um grupo da população? Por que razão uma parte da população está protegida do desemprego? Por que razão um funcionário público entra no "quadro de excedentes" quando a sua repartição é fechada ou requalificada? Por que razão este funcionário público excedentário tem esta rede inexistente na vida da restante população? Perante estes factos que mostram a intrínseca desigualdade da sociedade, como é que os juízes podem dizer o esforço de consolidação está a cair em demasia no colo da função pública? Convém recordar as almas do Ratton que o coração da consolidação em curso está nas falências e no consequente desemprego de muitos sectores privados. Pela contas de Paulo Trigo Pereira (entrevista Sol), tínhamos 700 mil desempregados registados no continente (Fevereiro). Deste conjunto, apenas 1,9% tinha origem na função pública. 98.1% do desemprego é oriundo dos sectores privados. Por outras palavras, não existe qualquer equidade à partida entre funcionalismo público e trabalhadores privados. É por isso que esta vitimização constitucional dos funcionários públicos chega a ser ofensiva para quem perdeu tudo nos últimos anos. Perder 20% do poder de compra é mau? Experimentem perder tudo. Experimentem perder uma vida num par de meses. Pois, já sei, esta dor é inconstitucional para certas partes da população."


Amarante won't back down, Petty style.

04 abril 2013

páscoa.


Não tremas mais, prepara-te! 
Prepara-te para a vida! 
 Amargura que tudo penetra, 
Libertei-me de ti! 
Morte que tudo destrói, 
Foste conquistada! 
Nas asas que ganhei, voarei com amor ardente, rumo à luz que nenhuns olhos jamais viram! 
Morrerei para encontrar a vida! 
Erguer-te-ás mais uma vez! 
Sim, meu coração, erguer-te-ás outra vez num instante! 
O que venceste, vai levar-te a Deus!

Papa Francisco dixit.


excertos da autobiografia em formato livro-entrevista de 2010 "El Jesuita" de Sergio Rubin e Francesca Ambrogetta publicados num artigo do chiesa.expressonline.it

"En otro pasaje de la entrevista Bergoglio critica esas homilías "que deben ser kerygmáticas con algo de catequesis, pero que terminan siendo morales, a lo sumo catequéticas. Y dentro de la moral – aunque no tanto en las homilías como en otras ocasiones – se prefiere hablar de la moral sexual, de todo lo que tenga algún vínculo con el sexo. Que si esto se puede, que si aquello no se puede. Que si se es culpable, que si no se es culpable. Y entonces relegamos el tesoro de Jesús vivo, el tesoro del Espíritu Santo en nuestros corazones, el tesoro de un proyecto de vida cristiana que tiene muchas otras implicancias más allá de las cuestiones sexuales. Dejamos de lado una catequesis riquísima, con los misterios de la fe, el Credo y terminamos centrándonos en si hacemos o no una marcha contra un proyecto de ley que permite el uso del preservativo". Y más aún: "Creo sinceramente que la opción básica de la Iglesia, en la actualidad, no es disminuir o quitar prescripciones o hacer más fácil esto o lo otro, sino salir a la calle a buscar a la gente, conocer a las personas por su nombre. Pero no sólo porque esa es su misión, salir a anunciar el Evangelio, sino porque el no hacerlo le produce un daño. [...] Es cierto que, si uno sale a la calle, le puede pasar lo que a cualquier hijo de vecino: accidentarse. Pero prefiero mil veces tener una Iglesia accidentada a una Iglesia enferma”." 


Não se trata de facilitar ou "adaptar" a nossa Fé aos tempos de agora. Trata-se isso sim, de anunciar o tesouro de Jesus Vivo e com isso fazer com que o próximo queira aderir à Fé na sua totalidade. Porque é numa lógica de Amor e rumo ao Amor infinito de Jesus que a Igreja nos convida a tantas atitudes de contra-corrente nas questões morais. A lógica "não me toques", a abordagem a esses temas pela negativa não é o discurso da Igreja. É uma caricatura que o mundo faz dela. É consolador quando o nosso Papa nos diz isto com tanta clareza e sem facilitismos.

mantra.


02 abril 2013