28 janeiro 2013

Quem nunca brincou com Legos?

55 anos hoje!




#News Flash :: Manuel Fúria contempla e nós com ele já podemos.


Manuel Fúria Contempla os Lírios do Campo é o primeiro albúm a solo daquele rapaz que cantava n' Os Golpes. A julgar pela festa não sei onde, a coisa promete! Toca a escutar minha gente.

O jovem herói da pradaria toca no Ritz Club no dia vinte e dois que vem.


24 janeiro 2013

das coisas que nos despertam.


Chances, people tell you not to take chances
When they tell you that there aren't any answers
And I was starting to agree
But I awoke suddenly in the path of a lightning bolt

19 janeiro 2013

dos mais ou menos gramas do sr. Eni.

De entre a multiplicidade de ferramentas e modelos de auto-conhecimento, mais ou menos sérios e mais ou menos esotéricos, existe um chamado Eneagrama cujo valor está em larga medida condicionado pelas qualidades, seriedade e honestidade de quem lidera os cursos. Não sendo nem querendo ser um fim em si mesmo que tudo explica e resolve, da minha experiência indirecta de amigos e amigas que frequentaram os cursos dados pela Companhia de Jesus, só posso dizer que o Eneagrama dos Jesuítas é a todos os níveis um método valioso e especialmente sério, válido e meritório para o auto-conhecimento.
O sr Eni, portanto, tem gramas suficientes para ser um sistema de peso.

Consiste então o Eneagrama em atribuir, depois um processo de análise que se quer maduro, rezado, honesto e cuidado, um determinado algarismo à pessoa, significando assim que essa pessoa possui um determinado conjunto de características boas e más que a levam a funcionar e interagir com a realidade e os outros de acordo a um determinado padrão. Esse algarismo, de 1 a 9, tem depois "asas" que são outros algarismos para onde a pessoa tende e que a integram ou desintegram. Quer isto dizer que em lado nenhum se diz no Eneagrama que a pessoa e a sua personalidade passam a estar confinadas ao catálogo de características atribuídas a cada algarismo e que todas as pessoas desse algarismo são iguais. Coisa fundamental deste método é, aliás, assumir-se como ferramenta que fornece boas pistas, sólidas e fundamentadas, para desmontar quem somos e como somos com o mundo e os outros tendo como objectivo e rumo, chegar a Cristo, ou seja, ser santo, ou seja, não desistir, ou seja, amar muito e cada vez mais.

Ora, se o Eneagrama não é mais que uma ferramenta e um tesouro que nos deveria despertar para a vida e pôr a caminho, não consigo, por mais que tente, compreender aqueles que passam a interpretar os outros e as suas reacções a partir de um algoritmo de algarismos reduzindo o virtuoso sistema a um catálogo de rótulos, prontamente atribuídos ao interpretado. Como se o suposto fosse ficar confortavelmente a brincar a esse jogo de pistas de quem é que número.

Tal é o sintoma manifesto nas convivências que tantas vezes parece existir uma espécie de subtexto interpretativo que filtra todas as interacções. Uma conversa dentro da conversa que, sendo inútil, nefasta se torna por afastar os que não fizeram de virem a saber afinal, de 1 a 9, em qual encaixam.

Por mais que reconheçam o valor do método, a possibilidade de se verem apanhados no mesmo vício de advinhar o número a colar na testa do outro rapidamente esvazia de massa crítica o propósito de conhecer os gramas do sr. Eni.


03 janeiro 2013

Se houvesse hi5 no tempo de Rembrant.


Golo do Vasco Cordovil Cardoso.


no essejota de Janeiro 2013, 1ªquinzena.

"Estamos fartos de saber o que é o novo. Estamos rodeados de coisas novas, de começos, invenções e novidades. Lembra-mo-nos do nosso primeiro dia de escola, de faculdade e do nosso primeiro emprego. Frequentemente saímos de casa para ir comprar o novo disco da nossa banda preferida ou o novo livro de que tanto se fala. Quantas vezes abrimos o computador e temos para descarregar uma nova actualização ou uma nova versão do iTunes? E não ligamos quase todos os dias, pelas oito da noite, a televisão, ou abrimos de manhã o jornal à procura do que há de novo no país e no mundo?

No entanto, de vez em quando, se olhamos para a nossa vida como se fosse uma só coisa, se pensamos em tudo o que fomos, tudo o que vimos, tudo o que há e tudo aquilo que está ainda escondido pelo futuro, damos de caras com uma evidência demasiado dura: nada parece haver ou ter havido de verdadeiramente novo. Ainda que cada dia seja sempre para nós um "novo dia" parece haver um muro que limita todos os dias a serem apenas dias. A mudança e a novidade nem tocam nas coisas verdadeiramente importantes: o sofrimento, a morte, a injustiça, a nossa infelicidade. Esta visão transforma, então, todos aqueles "novos" rotineiros, em ilusões. A novidade aparece-nos como uma espécie de máscara por trás da qual a verdadeira vida se esconde e as promessas que o futuro sempre traz são agora fantasias que ele não é nem será capaz de cumprir. Percebemos que há uma novidade que procuramos e que não a encontramos em nenhuma das que vemos. Procuramos uma vida nova, uma vida justa, uma vida feliz, e vemos cada dia novo tão longe disso.

Mas nós cristãos não nos deixamos ir abaixo com esta nossa cegueira. Para nós, mesmo que este sentimento nos invada às vezes, o Novo já nasceu. O Natal que ainda agora festejámos é para nós a derradeira Novidade, o momento no qual as portas para essa nova vida de que estamos em busca, se abriram. Jesus Cristo é ainda, mesmo para nós que achamos que O conhecemos muito bem, a única novidade digna desse nome. Não é apenas uma novidade histórica, não é mais um acontecimento. Jesus Cristo é a radical novidade, a possibilidade de uma vida nova de raiz, uma vida convertida, mais justa, uma vida de amor.

Tudo isto significa que fazer deste ano, que agora começa, um ano novo depende do lugar que nele ocupar Cristo. Um propósito de ano novo que não vá mais longe do que a esfera do tempo é ainda curto e está condenado à partida."

Com que então do Oriente...