31 agosto 2010

Indústria Hi-Tech do pensamento

Queria ter uma assistente que tomasse notas enquanto olho para um número dentro de uma caixa, que está dentro de outra caixa que faz contas, que por sua vez está dentro de ainda outra caixa que me mostra o que a caixa que faz contas está a fazer.

Seria uma espécie de Twitter mas sem a parte obsessiva e o troar compulsivo das teclas no pano de fundo.
À noite fazíamos o balanço das minhas notes to self e o processo de cristalizar as brisas que passam aqui dentro podia começar...
Penso, concretizo, torno meu e depois escrevo. Escrevo à velocidade da luz, sem agravo ou contratempo, os reflexos fugazes do que esteve à minha volta. Mas só os que valem a pena...
Tudo isto enquanto a tal assistente me serve leite e bolinhos, já agora.

Já experimentei escrever post-it's para ler depois, à noite. Só que ideias frias não têm graça nenhuma e não há grémio reunido para tratar de as esquentar. Essa gente criativa quando vem é só de passagem...!
Enquanto ninguém inventa um Tiwt yourself continuo a jogar à cabra cega enquanto a caixa das contas corre mais um ciclo.