26 junho 2007

Aqui e agora

O Amor não olha para trás. Mas também não olha demais para a frente...
O que há por lá, ainda não chegou. Não lhe conseguimos chegar e há de aparecer a seu tempo, quer se queira, quer não, seja bom ou seja mau.
Além disso, é aqui e agora que está a Vida, aquela que é verdadeiramente livre.
É aqui e agora que se constrói, que se caminha, que se procura.
Assim, amanhã caminhamos e procuramos, um bocadinho mais crescidos.

O Amor não olha para trás porque, é aqui e agora que mora o próximo.
É aqui e agora que se vive essa quase impossível aventura em que, saíndo de nós mesmos e abraçando o outro, damos de caras, de repente, com o nosso sorriso... cheio e pleno de felicidade.

O Amor não olha para trás, nem demais para a frente, porque é aqui e agora que nós estamos.
E onde nós estamos, é onde Ele nos quer amar...

Ontem conheci um senhor de 77 anos que parecia ter 50, de tão pleno e alegre que era...Hoje li um post de um amigo e percebi, um pouco mais, porquê.

Tá muita bom...

Chile


Quando os conquistadores espanhóis lá chegaram, viram-se a braços com a tribo dos Mapuches.
Durante cerca de 300 anos, com largos períodos de tréguas, os espanhóis tentaram dominá-los, sem êxito. A coroa espanhola, chegou a reconhecer-lhes um certo nível de autonomia e foi só várias décadas depois da independência do Chile, que os bravos foram deslocados para reservas.

Chile...terra de largos horizontes...espíritos livres...grandes distâncias...explosão de vida natural...terra de corações guerreiros e nobres...

(...tudo bem...hoje em dia os chilenos têm mais de sangue europeu imigrado que outra coisa...mas é um retrato brutal à mesma...!)

Chile...

Um destino que me espera. O que vou lá encontrar?
Amigos...vários e bons...daqueles de uma vida inteira!
Sabores diferentes, cheiros diferentes, cores diferentes, sons diferentes, corações diferentes, olhos diferentes, vidas diferentes...coisas diferentes!

Uma explosão de Novo! E ao mesmo tempo, o tão saboroso reencontro com tanta coisa conhecida...
Chile...um lugar do qual tenho tantas saudades e onde nunca estive.

Mas, e mais?
Nem eu sei. Gostava de dar de caras comigo. Perguntar-me como vai a vida.
Encontrá-Lo a Ele e chegar a casa.

Vou eu, comigo, ao Chile, essa terra por quem espero há tanto tempo.
Vou eu, comigo, ao Chile, fechar um capítulo e abrir outro.
Vou eu, comigo, ao Chile, conhecer o lugar de onde vieram os que guardo no coração.

Chile...a terra do bom pisco!

Tá muita bom...!

Obrigado!

11 junho 2007

Beira-mar...

Uma imensidão de beleza. O céu na terra. Tudo está em harmonia. Deus transborda de toda a criação. O silêncio fala...


Sou pequeno. Pequeno demais. Tenho frio.
Sinto-me só, mesmo acompanhado.
Ao meu redor, vejo o meu Pai reflectido em todas as coisas.
Sou o seu filho muito amado.
Ainda assim, a estrada é longa e os meus passos, curtos.
Não lhe vejo fim, e às vezes, sequer um propósito desvendo.
Choro... estou cansado... falta muito? Estou vazio... Dá-me de beber...! Uma gota que seja...!


E o Pai mostra-me o mar à minha frente. Lá, está a vida

"És livre. Eu amo-te. Faz-te ao largo. Constrói um barco. Eu traço a rota contigo."

Só que as ondas são grandes e os ventos, fortes! E o rumo, para parte incerta...

"Eu traço a rota contigo. Coragem... Eu estou aqui.
Reservei as melhores madeiras e a vela mais resistente para ti, porque Sou teu Pai.
Não vês à tua volta tantos dos teus irmãos, a zarpar também?
Dá o salto! Mergulha nas ondas! Vence o tenebroso! Navega! Vive a aventura!
Deixa-me levar-te comigo... pegar-te ao colo...
Vem viver no meu Amor...! Vem ser amado...!
A escolha é tua... és livre. Eu assim o quis.
A escolha é tua... confia em Mim...
Fecha os olhos... dá-me a tua mão... acalma-te... respira fundo... sente a maresia...
Vá, não tenhas medo...! 'tá muita bom...! 'tamos juntos... Eu vou contigo!"

Pois é...
Está nas minhas mãos. Está nas tuas mãos. Está nas nossas mãos...
Zarpemos...?

04 junho 2007

Época de exames

Há mais de um mês que não escrevo
Nem sequer um par de linhas
Não conto histórias, ilusões
Não falo de coisas minhas

Não é que não queira
Ou porque não me atrevo.
Nem por falta de maneira
Ou assunto de relevo.

É sim por estar refém
Da vil patologia
Que me trata com desdém
E me leva a alegria

Corta a ligeireza
E o fio do pensamento
E rouba-me a destreza
Tudo num momento

Padeço pois, no dia-a-dia
Dessa enferma condição
Que às ideias atrofia
E lhes rouba a emoção!

O mal é estudantil
E sempre sasonal
Tem nos livros o covil
E o perfil é infernal

Ai de mim, pobre doente
Dessa gripe das ideias
Que abafa o eloquoente
E gela o sangue nas veias

E por isso aqui vos peço
Rogai por este condenado
Que não sabe o que é sucesso
E da sorte é enteado.