05 setembro 2007

Lumiére

Longe de tudo, perto de mim
Beber um chá no fim do mundo
Tudo é água, ora mar, ora chuvada
E o vento nao descansa um segundo
Uma vela, uma mesa, uma chávena
Uma agenda, a caneta e uma folha de papel
E cá dentro, às cores do quadro
Só lhes falta um pincél
Foi curto esse instante
Durou o que leva beber um chá
Nao chegou a ser momento
Nao passei de um olá
Quero voltar, quero voar
Estar comigo e contemplar
Beber um chá ou outra coisa
Na minha mesa, a minha vela
Voltar ao Lumiére, cheio de chuva
Saber do vento, que bate na janela
Como vai o céu na terra e o mar que nao desiste
E a minha alma na ilha das gaivotas
Onde o tempo nao existe

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