in Diário de Notícias - 31.01.2011
Aproveitando a pausa nas aulas após os exames, cerca de 600 universitários vão dedicar a próxima semana a animar 13 zonas rurais. Visitar idosos, dinamizar grupos de jovens e crianças, e levar o espírito cristão porta a porta é a tarefa da Missão País.
Fundão, Redondo, Vidigueira ou Castro Verde são algumas das comunidades que acolherão 40 a 50 universitários, muitos já repetentes de outros anos. A nona edição do projecto estendeu-se a 13 faculdades e foi possível lançar mais cinco missões do que em 2010.
"Cada missão divide-se em comunidades de oito a dez pessoas, que, durante uma semana, visitam lares, hospitais, prisões, escolas e ATL. Jogamos, conversamos, cantamos e fazemos companhia aos que mais precisam", explicou ao DN Tomás Líbano Monteiro, missionário e coordenador da equipa nacional deste movimento católico que conta apenas com jovens.
"O mais gratificante é a alegria que sentem por nos receberem, sem que façamos nada de extraordinário", confessa o universitário de 20 anos, que regressa a Alcácer do Sal com a Faculdade de Economia e Gestão da Universidade Nova de Lisboa.
Esta experiência de voluntariado é também uma missão espiritual, explica Tomás, por isso, uma componente essencial do projecto é a animação da fé. "Vamos de porta em porta visitar as pessoas. Se se proporcionar, falamos-lhes de Jesus e passamos um pouco de tempo com elas", explica. Uma missão para a qual é preciso coragem, principalmente depois de se "levar uma nega", reconhece, entre risos. "Mas se numa semana há uma pessoa que nos recebe e passa a tarde connosco, a experiência vale para a vida toda", garante, sublinhando que nas zonas rurais a abertura é maior.
Os jovens animam ainda a missa diária da paróquia local, preparam uma vigília para a comunidade e fazem momentos de partilha em grupo. "Costumamos falar em três missões: a externa, para a comunidade, a interna, na experiência criada no grupo, e a pessoal, de cada um com Deus. Quem tem fé sai renovado. Muitos que não têm, encontram-na. Já vimos muitas conversões", afirma.
Apesar do carácter católico, todos os universitários podem inscrever-se e as missões de cada faculdade são autónomas, embora tenham um traço comum. Um objectivo deste movimento criado em 2003 é também actuar para além desta semana. "Queremos trazer para dentro da faculdade a existência de Deus. E nalgumas já foram criados núcleos católicos."
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