tragam-me os gritos de amargura
e as tormentas tempestades
e os golpes escondidos
e a crónica saudade
dêem-me as sobras dos vadios
e o vinagre mais amargo
e o desprezo empedernido
e a alma estilhaçada
pode vir tudo
eu não vou fugir de nada!
façam-me preso sem destino
e do amor desencontrado
levem tudo o que dá cor
e deixem o pesado
que venha a ferida escura e funda
e o choro desvalido
e o dia negro do difuso
e a meia-vida estagnada
pode vir tudo
eu não morro nem por nada!
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