18 dezembro 2012
14 dezembro 2012
Paquistão: Quatro anos depois, Asia Bibi continua a viver o Natal na prisão.
A esperança é a última a morrer. Este ditado aplica-se bem a Asia Bibi e à sua família, no quarto ano consecutivo em que esta cristã vive a quadra natalícia na cadeia, por causa de uma injusta acusação de blasfémia.
Asiq Mashi, marido de Asia Bibi, encontra-se em Espanha para a cerimónia de entrega, no próximo sábado, dos Prémios HO 2012 – outorgados pela Associação espanhola Hazte Oir –, um dos quais é para Asia Bibi como símbolo da liberdade religiosa.
Mashi, que viajou acompanhado com a sua filha mais velha, Sidra, encara esta viagem como uma oportunidade de dar a conhecer o testemunho de uma família ameaçada pelos inimigos da liberdade religiosa.
Em declarações à imprensa, Asiq Mashi agradeceu o prémio dado a Asia Bibi, sublinhando que este é "o quarto Natal que ela passa no corredor da morte". Porém, acrescentou que não perdeu ainda a "esperança" de a ver em liberdade.
Ignacio Arsuaga, presidente de Hazte Oir, ao receber Mashi no aeroporto, pediu para que o governo da Espanha se possa comprometer numa "acção diplomática sólida para apoiar Asia Bibi e para conseguir espaços de liberdade religiosa em todo o mundo".
"Não é possível – acrescentou - que uma nação como a espanhola não seja capaz de pedir a outros países o mesmo espaço de liberdade que existe em Espanha, especialmente na questão religiosa".
13 dezembro 2012
12 dezembro 2012
11 dezembro 2012
10 dezembro 2012
para lá do plano inclinado: a contra-corrente.
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04 dezembro 2012
em frente ao penedo verde, cinco milhas ao largo.
Venho aqui à trinta anos. Aqui neste lugar, em frente ao penedo verde, cinco milhas ao largo. Pesco o meu peixe. Trago o que o mar me deixa trazer. Depois acendo o cachimbo e espero. É assim há trinta anos.
Espero que ele venha enquanto dura o tabaco. Depois volto ao porto. Disseram-me que ele andava com pescadores e saía com eles de madrugada. Que nada lhe era impossível e que éramos bem-aventurados se fizéssemos como ele. E por isso há trinta anos que tento fazer como ele e venho aqui esperar o tempo de um cachimbo. Não é fácil mas, também me disseram que um santo é um pecador que não desiste e que os santos são os amigos dele. Eu quero ser amigo dele. Não sei o que é um pecador mas é parecido com pescador, por isso, devo caber nesse grupo.
Há trinta anos que espero por ele para lhe pedir que me devolva o meu amor. Ou então que me leve com ele. Não me importo. Há trinta anos que espero o tempo de um cachimbo aqui, em frente ao penedo verde, cinco milhas ao largo. Talvez hoje o horizonte se ponha estrelado.
"Porque se o mundo não é como dom Quixote o vê, então mudem o mundo e deixem em paz o mais nobre cavaleiro que alguma vez percorreu o chão de la Mancha."
João Pedro Vala, no essejota.net
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