28 dezembro 2011

da Guerra que ia acabar com todas as guerras.

Nenhuma guerra faz sentido. 
As razões ficam lá bem longe quando rebenta a primeira bomba, quando se crava entre as costelas a primeira baioneta ou aperta a primeira garganta. Quando espirra na cara o sangue do primeiro sacrifício. Quando morre o primeiro filho e chora a primeira mãe.

De todas as outras, a primeira mundial é a que mais desarma. 
Atrito-orgia de sangue e carnificina. Lento massacre, demorado. Doutrinas estúpidas e irrilevantes para lidar com os novos artefactos da morte. Recrutamento massivo das populações. Produção alarve e sôfrega de mais e mais armas à espera de entrar na fornalha desse inferno entricheirado. Guerra industrial. Milhões de baixas em batalhas de poucos meses. Tudo por esse marginal pedaço de terra de ninguém que cedo será devolvido.

O Homem contra si mesmo, inexoravelmente. Compressão lenta e opressiva. Pasta de sangue e lama, e medo, e mijo e choro.

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