Ontem acordei para o facto de que a EDP vai ser privatizada, muito provavelmente, até ao fim do ano. Dirão, com justiça, que ando a dormir de olhos abertos.
Acordei para esta realidade com um pontapé no estômago. Perder a soberania energética é, a meu ver, um erro estratégico. Além disso, 10% do IRC vem da EDP. No médio-longo prazo, estamos a hipotecar receitas.
E quando falo de soberania energética, não digo necessariamente que a energia tem de estar na mão do estado. Tem, isso sim, de estar na mão de portugueses. Não é isto que vai acontecer.
Concordo que se privatizem as empresas que vivem à custa de subsídios do estado. Correios, TAP, CP, Carris, etc...
A privatização dessas empresas-cratera, é um incentivo muito grande a uma melhor gestão. Mas a EDP não é uma empresa-cratera. É das melhores que temos.
Além de tudo isto, e como alguém comentou, quem sai da universade deixa ter um grupo português para o qual quer ir trabalhar. Nesse panorama, enfrentamos um deserto... temos a Sonae, a Jerónimo Martins e pouco mais...
1 comentário:
Com esta estavas-te a meter comigo... se escreves isto, tens de explicar qual é a vantagem de ficar em mãos portuguesas.
Também tens de explicar porque é que a EDP há de passar a não pagar IRC (provavelmete pagará mais, dadas as melhorias de gestão).
Por último tens de explicar porque é que se há de ter vontade em trabalhar para um grupo português. Receber e/ou encher d/o Belmiro ou d/a Liliane. Qual é a diferença?
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