24 abril 2012

sobre o post anterior, um complemento.

O 25 de Abril não se pode ler sem o 25 de Novembro. Disto já todos se esquecem. Até os jornalistas.
O primeiro provocou uma mudança brusca de regime. De ditadura passámos a democracia, ou pelo menos, a uma sociedade tendencialmente democrática. Pelo meio tivemos um infeliz PREC do qual pagámos uma longa e pesada factura. Só com o 25 de Novembro é que Portugal consegue travar o voraz declínio "rumo ao socialismo" que, em pleno auge da guerra fria, nos levaria ao amigo que veio do frio.

Só não percebo porque é que não se comemora ou denuncia com a mesma força e com um discurso oficial igualmente marcado, coisas como a maioria silenciosa - manifestação legítima em democracia, contra a cavalgada do camarada Vasco. É curioso lembrar que no dia da manifestação a esquerda montou barricadas com o apoio de militares nos acessos a Lisboa. Tempos de muita liberdade esses do PREC. Só não percebo isto e uma série de outras coisas... mas depois não saíamos daqui.

É preciso mudar o disco, tirar a batuta aos fósseis, mudar o acto, virar a página. 
Que os senadores escrevam as memórias. Que os derrotados tragam à luz do dia as suas. Que se ganhe a visão equilibrada. Que se avance.

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