20 maio 2011

a sinceridade da oferta.

"a substância do esqueleto das palavras aqui construídas, é a confiança.
a minha condição não me permite ver claro todos os montes.
mas a confiança que o meu coração guarda,
alimenta esta força de arrancar a pele e ficar só ossos e coração.
tudo isto faço, na medida do que sou capaz - tentar pôr o coração nas mãos. 
todos à volta com o coração nas mãos a olhar para dentro dos olhos dos outros, abertos.
ponho-me diante do mundo de pé, a estrutura da minha postura é a confiança.
entrego-me na esperança de que um dia tudo esteja consumado.

todas as minhas forças estão concentradas na sinceridade da oferta. 
o meu pulso mede-se na vontade da consciência da condição.
as palavras não se escrevem senão pela procura da pureza de coração.
nenhum outro homem moldará estas letras ordenadas - é a convicção da potência.
busco uma comunhão, o meu coração procurando a verdade no confronto profundo. 
quero ser manso, aquele fantasma, o claro eleito. 
um homem capaz de se negar é uma tempestade inteira.
entrego-me na esperança de que um dia tudo esteja consumado."

d'os velhos. não sei qual deles...


na 3ª feira foi assim, no coração das entranhas da cidade onde se canta castiço e duro, desde que a cidade tem entranhas e coração. marceneiros intrépidos da oferta sincera.

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