"No telejornal de ontem, depois de chorar, Sócrates gritava: «o que eles querem é» e seguia para um discurso absolutamente demagógico e desonesto sobre aquilo que é o programa do PSD. Segundo a máquina de propaganda do PS (que faz com que uma frase seja repetida até à exaustão por várias pessoas - vejam, por exemplo, o conceito criativo de «parceria estratégica» que Sócrates e Lino usaram como eufemismo de «privatização»), o programa do PSD é um «ataque ao estado social» com os portugueses no lugar do mexilhão. Não vou discutir a substância da acusação - que é inexistente para qualquer pessoa que se recuse a ser tratada deste modo condescendente - mas apenas confessar que por vezes eu gostava de ser de esquerda. Ser de esquerda em Portugal é ter sempre um atalho pronto em qualquer debate. Se a coisa correr mal, lança-se para cima da mesa a diabolização da «direita». Não quero com isto fazer uma valorização moral das propostas da «esquerda» e da «direita» - isso não está em questão - mas simplesmente constatar que, em Portugal, o discurso à esquerda é mais fácil (porque o chamado centro eleitoral português tem um conceito de «centro» que é, na sua essência, socialista)."
Este golo vem daqui
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