15 maio 2012

telegrama filosófico nº3

Pergunta: 
Porque é que a lógica utilitarista não funciona?
Resposta: 
1. Felicidade = Prazer. O Mill ainda bracejou a tentar dizer que havia prazeres superiores e inferiores, mas meteu-se numa embrulhada. Por isso, a ser uma moral, é um bocado animalesca;
2. Em nenhum ponto considera como "bem" ou sequer "valor" coisas consensuais como dignidade do ser humano, por exemplo: sou médico, tenho um doente velhote com maior probablidade de morrer, mas com órgãos bons; tenho outro jovem a precisar de orgãos - tenho por isso, o dever de matar o velhote, tirar-lhe os órgãos e dar ao novo, porque da vida dele virá certamente maior felicidade para mais pessoas (mais exemplos fáceis, como aborto, e até infanticídio, peter singer style);
3. Supõe que é possível prever as consequências das nossas acções - porque se baseia num cálculo: o único dever moral que temos é calcular a quantidade de prazer/felicidade/utilidade (tudo igual) que as nossas acções produzem e para quantas pessoas; o objectivo é maximizar, por isso entre uma que traz menos e outra que traz mais, a boa é a última. o problema é que não temos nunca maneira de prever assim as consequências;

telegrama filosófico nº2


p'la telegrafista que tem uma coisa a dizer.

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