Há mais de um mês que não escrevo
Nem sequer um par de linhas
Não conto histórias, ilusões
Não falo de coisas minhas
Não é que não queira
Ou porque não me atrevo.
Nem por falta de maneira
Ou assunto de relevo.
É sim por estar refém
Da vil patologia
Que me trata com desdém
E me leva a alegria
Corta a ligeireza
E o fio do pensamento
E rouba-me a destreza
Tudo num momento
Padeço pois, no dia-a-dia
Dessa enferma condição
Que às ideias atrofia
E lhes rouba a emoção!
O mal é estudantil
E sempre sasonal
Tem nos livros o covil
E o perfil é infernal
Ai de mim, pobre doente
Dessa gripe das ideias
Que abafa o eloquoente
E gela o sangue nas veias
E por isso aqui vos peço
Rogai por este condenado
Que não sabe o que é sucesso
E da sorte é enteado.
1 comentário:
Rogarei por ti, pobre condenado para, pelo menos, deixares de ser da sorte enteado! Eh abraço e bons exames
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