Ontem fui a um assado da juventude masculina.
Muita gente, boa carne, gargalhadas, bons momentos, mais um bocado de Novo chileno.
Só que nao era um dia qualquer. As graças de ontem tinham um travo especial... os olhares, um brilho de algo mais profundo...
Foi a despedida do Pe. Felipe, um padre que esteve com a juventude durante os últimos oito anos e meio... um padre que se tornou parte amigo, parte pai...
Por trás dos sorrisos, ecoava uma uniao profunda, uma ligaçao palpável que unia todos os que estavam presentes. Aquele era o seu espaço. Portadores de uma memória viva que os congrega, estavam ali, para honrar o vínculo que une cada um dos seus coraçoes ao do Pe. Felipe. Estavam ali para invocar ecos de coisas antigas. Estavam ali para celebrar toda a vida que nasceu, todas as lutas, conquistas, dores e milagres, que a aventura que é segui-Lo traz. Estavam ali para agradecer... para rir juntos uma última vez... para saborear a companhia uns dos outros...
Eu estava lá no meio... a ver, a sentir. Uma espécie de repórter, a tentar captar uma realidade que em parte lhe escapa. Por mero acaso, fui parar a um momento em que os coraçoes estavam à flor da pele. Tive sorte.
Foi inspirador ver como sonhos vividos e coraçoes comprometidos, trazem tantos momentos a transbordar de Vida. Daquela mesmo livre...
Vim embora com dois sentimentos:
Algum dia teremos de fazer o mesmo no meu ramo... algum dia, aquele amigo de tantas dores e alegrias terá de seguir caminho... assim é a vida...!
Se nao fosse o contributo, tao inspirador, do Pe. Felipe, eu nao poderia contar essa história de uma epopeia que trouxe à minha terra um turbilhao de vida, que me deu resposta a anseios que mal ouvia... que me trouxe amigos que ficaram irmaos... que me fez renascer... que me fez cruzar o mar e estar aqui a escrever este post...!
Estamos todos no mesmo barco. O que um faz afecta o outro, mal ou bem. Vale a pena Amar! Nunca se sabe a quem vamos encher de Paz...
Ontem conheci um pouco da história de alguém que seguiu o coraçao e que, com as forças que tinha, se entregou à vertigem de vida que isso lhe trouxe... ouvi as palavras de um coraçao agradecido que, entre lágrimas, ecoava o milagre que é estar Vivo e ser Amado...
Talvez um dia, alguém conte as nossas... ainda vamos a tempo!
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