Parece-me absurdo pensar que o Papa Francisco vai entrar em ruptura com a Tradição da Igreja só porque de vez em quando mostra um lado mais informal, ou é sul-americano, ou é jesuíta. É um erro pensar que existe uma oposição necessária entre cuidar da Beleza da Liturgia e focar a atenção e o "programa" na simplicidade e na atenção aos pobres. Há certos elementos que são do protocolo e o protocolo é uma coisa muito diferente da Tradição. Mais do que uma determinada forma, interessa o conteúdo que dá sustento a essa mesma forma. Usar de categorias políticas para falar das correntes de pensamento e dinâmicas da Igreja é um erro. Achar que os temas "fracturantes" e "apetitosos" o são para lá dos media é não conhecer a Igreja.
É preciso Amor e Caridade quando falamos do Papa, de qualquer Papa. É isso que preserva a Fidelidade sem termos de abdicar da própria inteligência e capacidade crítica. Não o fazer pode rapidamente resvalar para a infidelidade e, a seguir a isso, abre-se o flanco por onde entra a tentação de nos fazer fechar nas nossas igrejas quentinhas e particulares.
E essa, é a maior confusão de todas.
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