08 janeiro 2007

Livre!

Às vezes
Sou de mim prisioneiro
Às vezes
Fico refém do coração
Às vezes
Sofro o peso de mim mesmo
Às vezes
Vivo a solidão
Às vezes

Às vezes
Sinto-me solto e tudo vibra
Caminho leve, transbordo vida
Tudo é simples e pleno
Às vezes

E assim, à vez, vou navegando
De velas cheias, a remar
No mar calmo, tempestade
Ora barco, farol ou destroço
À procura de porto, escarpa ou sentido
E vencer o tenebroso

Mas antes zarpar que ser medroso
Digo cá dentro assim baixinho
Tentar o eterno Gozo
Antes isso que ser mesquinho

Ser Homem antes de pó
Morrer conTigo em vez de só

Ser livre!

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